*Por Estados De Minas
“É a obra mais complexa que temos no Brasil, seguramente. É uma obra que não tem a governança de todos os pontos do processo, que tem que negociar realocação de serviços públicos, gasoduto, linhas de energia e têm várias famílias que precisam ser realocadas também.” Palavras do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na manhã desta segunda-feira (14/12) sobre a rodovia da morte, a BR–381, que no início do mês foi palco da tragédia que envolveu um ônibus de viagem e matou 19 pessoas, em João Monlevade, na Região Central do estado.
O ministro ressaltou, em coletiva de imprensa, que o único caminho para as intervenções é a parceria com a iniciativa privada.
Ele falou que a duplicação da 381 caminha “a passos largos” e prevê chegar à conclusão de 66km. “Entregamos 43 km de duplicação da 381 e estamos caminhando a passos largos para os 66 (quilômetros), que vão proporcionar a duplicação tão sonhada dessa rodovia importante, resolvendo uma série de gargalos e trazendo mais segurança”.
A expectativa do ministério é de que a licitação ocorra no primeiro trimestre do ano que vem.
O ministro, no entanto, admite a dificuldade com trechos que seguem sem planejamento: “Não vamos nos esquecer que esses lotes (trechos da rodovia) foram para licitação em algumas oportunidades e não tiveram interessados porque consideraram um risco. É uma rodovia difícil de trabalhar, extremamente movimentada, tem muita interferência, tem muita desapropriação para ser feita”.
“A concessão é realmente a grande alternativa, porque a concessão tem outra lógica”, entende o ministro, afirmando que “tem a questão da governança que passa para o privado, tem um equilíbrio na matriz de riscos, a gente se vale de acordos judiciais que estamos fazendo para equacionar da melhor forma possível a questão da desapropriação e diminuir o risco do privado. Existem mecanismos de incentivo para antecipação de investimentos por partes do concessionário.”