O Presídio de Itabira está sendo desativado e os detentos sendo transferidos para outras unidades prisionais da região, após interdição determinada pela juíza da 2ª Vara Criminal de Itabira e da Vara de Execuções Penais, Cibele Mourão Barroso de Figueiredo Oliveira, em portaria assinada pela magistrada no dia 25 de outubro de 2019.
A informação foi confirmada com exclusividade na noite desta terça-feira (22/12) pela nossa reportagem, através de uma fonte, que pediu para que não fosse identificada, que atua no Presídio de Itabira.
A desativação se deve por questões de segurança, uma vez que a unidade prisional está em uma zona de autossalvamento (ZAS), e em caso de rompimento da barragem do Itabiruçu, o local ficaria isolado, ou até mesmo poderia ser atingido pela lama.
Na época a juíza Cibele exigiu um Plano de Resposta a Emergência, elaborado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e a Mineradora Vale para o presídio, que previa, em caso de elevação do nível de emergência da barragem para 1, a preparação do local para instalação de geradores de energia, ampliação do reservatório de água e capacitação dos servidores em primeiros socorros, técnicas de sobrevivência e combate a incêndio.
Foi estabelecido um prazo para que estas medidas fossem adotadas pelos órgãos. Como nada foi feito a unidade está sendo desativada.
Em maio deste ano, através de uma iniciativa voluntária da Vale, foi formalizada por meio de Termo de Compromisso assinado entre a empresa, o Governo do Estado e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), que seria construído em Itabira um novo Presídio com capacidade para abrigar cerca de 600 detentos.
A Prefeitura da cidade chegou a doar um terreno público para o novo Presídio que seria construído pela mineradora Vale. A área, chamada de “Fazenda Palestina”, está próxima à Barragem de Santana e tem aproximadamente 300 hectares.
A época o Executivo Municipal, disse que a expectativa era de que a empresa concluísse as obras até o fim de 2020.
1 comentário
Será que a justiça também esta preocupada com a população, que tambem estão em risco ou será que a juiza só se preocupa com os bandidos?