A juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi morta a facadas ontem à noite (24), em frente do Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Avenida Rachel de Queiroz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O acusado pela morte é o ex-marido, que foi preso por guardas municipais do 2º Subgrupamento de Operações de Praia (SGOP).
De acordo com a Guarda Municipal, os agentes estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque da Barra, próximo ao local, quando foram chamados por pessoas que viram as agressões para ajudar a vítima. No local do crime, os guardas encontraram a juíza caída no chão e desacordada.
As pessoas que estavam no local e viram o assassinato indicaram o autor, que foi preso pelos guardas sem apresentar resistência. Na sequência, chegaram ao local policiais militares e agentes do Corpo de Bombeiros, que constataram que a vítima estava morta. As primeiras informações indicam que as filhas do casal estavam com a mãe e presenciaram o crime.
O acusado foi levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra, pelos agentes da Guarda Municipal, mas como estava com um corte na mão precisou ser socorrido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra. Lá ele foi atendido, recebeu alta e foi levado por policiais militares para a delegacia.
Nota de pesar
Em nota, o TJRJ lamentou a morte da magistrada. “O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro lamenta profundamente a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, vítima de feminicídio na Barra da Tijuca nesta quinta-feira (24)”.
Também em nota, a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) informam o assassinato da juíza e prometem punição para o autor do crime. “Nesta Nota Oficial conjunta, as entidades representativas dos magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos”.
Em mensagem no Twitter da Associação de Magistrados Brasileiros, a presidente Renata Gil chamou a atenção para os casos de feminicídio cometidos no país “O feminicídio é o retrato de uma sociedade marcada ainda pela violência de gênero. Precisamos combater esse mal!”, disse, manifestando solidariedade à família.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro também manifestou pesar pela morte da juíza e prestou solidariedade à família e aos amigos da magistrada, ao presidente do Tribunal de Justiça e às associações da Magistratura. “Viviane Vieira do Amaral Arronenzi integrava a magistratura do estado do Rio de Janeiro havia 15 anos. Atualmente, trabalhava na 24ª Vara Cível da capital. Antes, atuou na 16ª Vara de Fazenda Pública”.
Ainda na nota, a Procuradoria-Geral de Justiça do Rio disse que segundo informações da Polícia Civil, o autor do crime é o ex-marido da juíza, Paulo José Arronenzi, de 52 anos, preso em flagrante. “O MPRJ, por meio da Promotoria de Justiça com atribuição, irá acompanhar a investigação deste bárbaro crime e repudia o feminicídio”.
1 comentário
OS HOMENS ESTÃO SURTANDO DENTRO E FORA DE CASA. CHEGA!!! BASTA!!! TODOS NOS NASCEMOS DE UMA VAGINA, DE UMA MULHER, O MIINIMO QUE DEVE TER É RESPEITO, E PROTEÇÃO A MULHER SEMPRE. O PAIS PRECISA TOMAR PROVIDENCIAS URGENTES, FAZER USO DAS LEIS NA PRATICA, IMPLANTAR NOVAS LEIS. SE ESTE ASSASSINO USAVA REMÉDIO TARJA PRETA, É SINAL QUE O REMÉDIO NÃO FAZIA EFEITO. ERA REMÉDIO FALSO.NÃO TEM DESCULPA. AS MULHERES ESTÃO EM PERIGO A TODO INSTANTE EM QUALQUER LUGAR. EM PAÍSES EVOLUÍDOS JA TERIAM DEGOLADO ELE.