Melancólico, sofrível. Ainda não é matemático. Mas, com mais um resultado negativo, desta vez, diante do Cuiabá, nesta terça-feira (29), no Independência, a chance de acesso do Cruzeiro à Série A é algo praticamente impossível. Só um milagre.
O pontinho somado pelo empate sem gols levam a Raposa a apenas 41 pontos na competição. São nove de diferença para o Juventude, o primeiro do G-4. Restam seis jogos para o fim da Série B. Mesmo que vença todas as partidas, faça o que não fez até aqui – ou seja, 18 pontos – o Cruzeiro chegará, no máximo, 59 pontos.
Em toda a história da Segunda Divisão de pontos corridos com 20 equipes, apenas um time subiu com 59 pontos. Foi o Vitória, em 2007. Os demais 55 vagas foram garantidas com 60 pontos ou mais.
É por isso que a missão celeste é quase impossível. O time azul é o atual 11º colocado. A 32ª rodada ainda segue até a próxima segunda-feira (4) e a equipe mineira ainda pode perder posições. A diferença para a zona de rebaixamento ainda é perigosa. São seis pontos para o Náutico, o primeiro do Z-4.
A quatro dia de seu centenário, que será comemorado no próximo sábado (2), o Cruzeiro não tem nada a comemorar, a não ser suas glórias do passado. Assolado em dívidas e prejudicado ainda mais pela pandemia, o time estrelado está próximo de ratificar a condição de primeiro grande clube a passar dois anos seguidos na Série B. Uma vergonha.
Em campo, o Cruzeiro teve mais volume de jogo no primeiro tempo, mas foi pouco efetivo. Enquanto isso, a melhor chance na primeira etapa esteve nos pés da equipe visitante. Após contra-ataque, Pierini se viu diante do gol aberto, mas Manoel salvou.
Na segunda etapa, com uma ou outra modificação do técnico Felipão, a Raposa bem que tentou sufocar o adversário, terceiro colocado com 51 pontos, um dos fortes candidatos ao acesso.