O vereador Júber Madeira (PSDB) foi convidado por representantes da Associação das Escolas Particulares de Itabira (AEPI) para dar início a um movimento que tem a intenção de incluir as instituições escolares em atividades essenciais no Plano Minas Consciente, elaborado pelo Governo de Estado de Minas Gerais, com a intenção de combater a pandemia da Covid-19. Em uma reunião realizada ontem, com membros da associação e também com a presença da vereadora Rosilene Félix (MDB), o vereador se disponibilizou a articular junto ao prefeito Marco Antônio Lage (PSB) maneiras de conseguir a inclusão no plano e a consequente volta às aulas na cidade.
Segundo Júber Madeira, o tema precisa ser bem debatido e, todas as decisões que tenham como objetivo as aulas presenciais precisam ser feitas de forma segura e tranquila, para que as famílias tenham mais confiança em deixar seus filhos voltarem a frequentar as escolas.
“Estamos vivendo uma época que exige muita atenção e cuidado. Não podemos impor nada aos pais, mas precisamos respeitar aqueles que sentem confiança em deixar seus filhos voltarem para as salas de aula. Fui procurado pela AEPI e quero representá-los com muita responsabilidade e principalmente, promovendo um respeito dentro das famílias. Não é o momento de pressionarmos ninguém, é o momento de debatermos as melhores ações”, pontuou.
Com a inclusão das escolas nas atividades essenciais, as instituições de ensino poderão funcionar em meio a pandemia, desde que respeitem as regras de segurança. A solicitação de inclusão ao plano do Governo de Minas dependerá da união de esforços, segundo detalhou Júber Madeira. Para contar com o apoio da Prefeitura, também estava presente a secretária municipal de educação, Luziene Aparecida Lage Duarte, que se prontificou a fazer uma visita nas escolas com a intenção de conhecer detalhadamente as estruturas das unidades.
“É indispensável esse diálogo com o Poder Executivo. Mudar uma determinação do Governo do Estado não é tão simples e, para isso, precisamos unir esforços. A secretária de educação, está ciente da solicitação e tenho certeza que os representantes das escolas serão ouvidos pelo Governo. Estamos apenas na primeira etapa de todo este movimento e espero que possamos ter êxito. Em breve teremos novos encontros e as estratégias serão traçadas com mais detalhes”, projetou o vereador.
Diretores reclamam de dificuldades financeiras e são obrigados a reduzirem mensalidades para manter clientes
A primeira secretária da AEPI, Luciana Assis, foi quem representou a diretoria da associação na reunião de ontem. Segundo ela, a pandemia do novo coronavírus mudou de maneira brusca a rotina das escolas e também a organização das famílias. Além desta transformação rápida, os proprietários de escolas particulares sentiram na pele os impactos financeiros e em sua maioria precisaram reduzir os valores das mensalidade. Além disso, houve o impacto no aprendizado. Ela defende o retorno das aulas e a inclusão das escolas nas atividades essenciais e espera alcançar o apoio político para que os proprietários das escolas possam também amenizar os impactos já causados.
Segundo Luciana Assis, após a direção da associação analisar o plano Minas Consciente, foi constatado que a cidade estando na “onda verde”, alguns serviços poderiam ser prestados como creches, ensino de danças e esportes, artes cênicas, idiomas, gerenciamento profissional, dentre outras atividades.
“Nós entendemos que aquelas escolas que tinham essas especificações no CNPJ, junto com os outros documentos legais, a gente poderia funcionar. Um advogado em nome da associação conversou com membros da Prefeitura e orientamos que haviam escolas com esta documentação e que poderia funcionar. Então, funcionaríamos não dando aula, mas com outras atividades extracurriculares, que são complementares. É um reforço, uma aula de teatro, de música, de dança”, explicou a secretária.
No entanto, segundo explicou Luciana Assis, fiscais da Superintendência Regional de Ensino entenderam que não haveria a possibilidade de abrir essa exceção e os representantes das escolas voltaram à estaca zero. Isso é o que justifica a busca por apoio junto ao vereador Júber Madeira, que por sua vez está promovendo a aproximação com o governo municipal.