A manhã de conversas dos dirigentes do Flamengo na Gávea rendeu uma certeza entre eles: Rogério Ceni não é o único responsável pela atual situação do futebol rubro-negro. Algumas decisões do técnico foram questionadas e chegaram a pegar de surpresa boa parte da cúpula, mas o consenso é de que o problema é mais amplo e envolve questões desde a Gávea até o Ninho do Urubu.
Desta forma, a reunião no fim da tarde desta segunda-feira ratificará a permanência de Rogério Ceni, mantido até segunda ordem. Este segundo encontro também servirá para definir alguns ajustes a serem feitos no cotidiano do futebol rubro-negro, especialmente no diz que respeito à comunicação entre diferentes setores do departamento.
O entendimento é de que, desde a saída de Jorge Jesus, algumas lacunas ainda não foram preenchidas – o português atuava quase como um diretor técnico.
Um dos temas de conflito ao longo de todo ano, a relação entre dirigentes da Gávea e do Ninho do Urubu também foi debatida. A intenção é de que as duas correntes afinem a comunicação e andem mais próximas no dia a dia do futebol.
No trabalho de campo, ainda há confiança da diretoria em Rogério Ceni, e o relato de jogadores é de que a metodologia é de alto nível. Há, porém, a ideia de que algumas decisões do treinador poderiam ser mais cuidadosas. A escalação de César como titular do gol contra o Ceará, por exemplo, foi bastante debatida.
As conversas na Gávea ao longo do dia começaram por volta das 9h da manhã. Envolveram desde o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, até nomes como o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, o vice-presidente de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e o diretor executivo de futebol, Bruno Spindel.
Faltando 10 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o Flamengo está em quarto lugar, com 49 pontos, a sete do líder São Paulo. Com o time na reta final, a aposta é em tentar consertar os detalhes para buscar o título da competição.