Os casos suspeitos de reinfecção por Covid-19 aumentaram mais de 70% em um mês em Belo Horizonte. Atualmente, 12 notificações são investigadas. Em 10 de dezembro eram sete registros. Os dados foram atualizados ontem pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
O número reforça que o alerta para as medidas de segurança contra a vírus devem ser seguidos por todos. Para especialistas, a segunda contaminação pode ser mais grave em alguns pacientes. Por isso, máscaras e a higienização constante das mãos não podem ser ignoradas, mesmo por quem já teve a doença.
Conforme os protocolos sanitários, são consideradas suspeitas as notificações de quem apresentou novo quadro clínico 90 dias após o primeiro teste positivo para a doença. Em Minas, no fim do ano passado, 27 casos eram investigados. Não há confirmações de reinfecção na capital nem no Estado.
No Brasil, três casos foram atestados. O primeiro, de uma paciente de 37 anos, de Natal. O segundo, no interior de São Paulo, em uma mulher de 41.
A mais recente confirmação ocorreu na Bahia, em uma paciente de 45 anos, que foi infectada em maio e em outubro. Nos dois episódios, a mulher não apresentou evolução para quadros mais graves.
Vacina
Os casos de reinfecção também reforçam que a tão aguardada vacina contra a Covid-19 deve ser tomada por todos. Em recente entrevista ao Hoje em Dia, o infectologista Estevão Urbano, membro do Comitê de Enfrentamento à doença em BH, destacou essa importância.
“Não se sabe muito sobre o tempo de imunidade naquelas pessoas que já tiveram a doença. Então, mesmo para elas, a vacinação está recomendada, para que os anticorpos, em algum momento, não caiam”, disse.
Para aqueles que têm receio em tomar a dose, o especialista explica que os efeitos colaterais podem ser pequenos – como em qualquer imunização – ou nem existir. “É uma vacina segura, seja ela qual for. O tempo de duração, de valia dela, ainda é desconhecido, mas os efeitos colaterais são muito pequenos. A maioria das pessoas nem terá”, acrescentou.