Para tentar acelerar a liberação dos insumos da Coronavac, o governo de São Paulo acionou, para relações com a China, o Investe São Paulo, escritório comercial que o estado mantém.
Wilson Mello, presidente da agência, disse em entrevista à CNN, que hoje a vacina produzida pelo Instituto Butantan “é a única disponível no Brasil” e que, por isso, “precisamos do apoio de todos para agilizar a entrega” de matéria-prima para o país.
Questionado se houve pedido de ajuda por parte do governo paulista ou do Butantan à gestão federal ou a o Ministério das Relações Exteriores, a fim de se conseguir matéria-prima para a produção de mais doses de vacina, Mello disse dois pedidos foram feitos ao Ministério da Saúde.
“Fizemos pedidos ao Ministério da Saúde, que é contratante. No final do dia, quem comprou [a vacina] do Butantan foi o Ministério da Saúde e nós pedimos o apoio para agilizar esse processo de importação de insumos. E o nosso escritório em Xangai [na China] e a Secretaria de Relações Internacionais pediram apoio para a embaixada do Brasil na China. Não foi feito nenhum pedido ao Ministério das Relações Exteriores”, explicou.
Segundo Mello, o pedido de apoio para a pasta foi feito na segunda-feira (18), um dia depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o pedido de uso emergencial da Coronavac no Brasil.
“Mandamos o nosso representante, do escritório que fica em Xangai, para Pequim e ele desde então tem mantido conversas com a embaixada brasileira em Pequim e com a Sinovac [farmacêutica chinesa que desenvolve a Coronavac].”