Governadores procuraram os senadores Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS), principais candidatos ao comando do Senado, para pedir que coloquem a medida provisória 1003/2020 em votação logo após a eleição da Mesa Diretora, prevista para a próxima segunda-feira (1º).
A MP autoriza a adesão do Brasil ao Covax Facility, consórcio global de acesso a vacinas contra Covid-19. A proposta, que já passou pela Câmara em dezembro, também estabelece prazo de até cinco dias para a Anvisa autorizar o uso emergencial de vacina que já tenha sido aprovado por agência estrangeira.
Pacheco foi procurado diretamente pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador para área de vacinas do Fórum dos Governadores. O petista disse à CNN que o senador do DEM teria sinalizado positivamente. Procurado, Pacheco não respondeu.
Simone Tebet, por sua vez, foi procurada por outros governadores. À CNN, a parlamentar emedebista indicou concordar em pautar a MP logo após a eleição, caso seja eleita presidente do Senado. “Imunização é prioridade absoluta”, afirmou a parlamentar do Mato Grosso do Sul à coluna.
Prioridade do governo
Com atraso da chega dos insumos da China para a produção da Coronavac e da vacina de Oxford/Astrazeneca no Brasil, os imunizantes adquiridos por meio do consórcio Covax Facility viraram a principal aposta do governo brasileiro nos últimos dias.
Na semana passada, contudo, o governo foi informado que as primeiras 20 milhões de doses que o consórcio deve destinar aos países das Américas só devem começar a ser distribuídas a partir de março. As primeiras doses serão destinadas a nações mais necessitadas.
Integrantes dos ministérios da Saúde e da Economia que acompanham a negociação ressaltaram à CNN que a Covax é importante porque trará um portfólio de vacinas, o que seria importante em momentos de emergência. O total destinado a cada país ainda não foi divulgado.