Autoridades sul-coreanas lutam para controlar surtos de novas infecções de Covid em escolas cristãs. O país teve alta no número de casos, diminuindo a esperança de sair rápido de uma terceira onda da pandemia.
Pelo menos 323 casos de Covid foram rastreados em igrejas e escolas missionárias administradas por uma organização cristã em duas cidades. Os dados são da Agência de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia.
Mais de 100 casos foram confirmados durante a noite desta quarta-feira (27) entre pessoas ligadas a igrejas e suas escolas missionárias em Gwangju, cerca de 270 quilômetros ao sul de Seul, disseram as autoridades. Outros 176 casos foram vinculados a uma escola afiliada na cidade de Daejeon desde 17 de janeiro.
Segundo a Reuters, as autoridades de saúde disseram que o surto na escola da missão Daejeon parecia estar se espalhando há algum tempo antes de ser detectado.
A organização cristã responsável pelas instalações, a Missão Internacional, recebeu a ordem de testar todos os vinculados de suas escolas e igrejas em todo o país. O grupo se desculpou por não ter tomado medidas precoces para prevenir o surto.
“Pedimos profundamente desculpas por não responder antes e por pensar que os alunos poderiam ter pegado um resfriado quando um aluno desenvolveu febre pela primeira vez”, disse em um comunicado.
A organização apresentou uma lista de 841 alunos e funcionários em 11 instalações, informou a agência de notícias Yonhap, citando as autoridades de saúde. O primeiro-ministro Chung Sye-kyun pediu a todos que fizessem o teste.
“A chave é a velocidade. Apelo às autoridades e aos governos locais para que façam todos os esforços para identificar as instalações relacionadas e evitar futuras transmissões”, disse Chung em um comunicado governamental.
O agência relatou 559 novos casos no país até a meia-noite de terça-feira, ante 354 no dia anterior, elevando a contagem nacional para 76.429 infecções com 1.378 mortes.
A Coreia do Sul conseguiu manter o vírus sob controle graças a testes agressivos e rastreamento de contato, mas uma terceira onda que estourou no final do ano passado se mostrou mais difícil de conter.
As autoridades disseram que 45,4% das infecções no país no ano passado foram causadas por infecções que emergiram de grupos específicos. As instalações religiosas foram a principal fonte de tais aglomerados.