O Senado aprovou hoje (4) convite ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir a situação do Brasil no cenário da pandemia de covid-19 e no contexto da vacinação.
No requerimento aprovado, os senadores querem que Pazuello preste informações “sobre as dificuldades enfrentadas pelo país para imunizar a população contra a covid-19 e sobre as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde para promover a vacinação em todo o território nacional”.
O ministro da Saúde foi alvo de críticas de senadores durante a breve discussão do requerimento. Alguns senadores defenderam que Pazuello fosse convocado, o que não abriria possibilidade de recusa. Mas o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) intercedeu pela aprovação do convite, argumentando que o ministro está disposto a debater com os congressistas.
De acordo com Bezerra, o ministro já se dispôs a comparecer na próxima quarta-feira (10) ao Senado, mas a data ainda não foi confirmada. “Falei há pouco com o ministro Pazuello e ele está à disposição, se for o caso, de vir ao plenário do Senado Federal para um amplo debate na quarta-feira. Ele se dispõe a vir fazer as explicações devidas sobre as ações do Ministério da Saúde, sobre o programa de vacinação, porque todos nós do governo federal estamos empenhados para alcançar esse objetivo, que é comum”, disse Bezerra.
Em sua justificativa, a autora do requerimento, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), afirmou que o país tem tido dificuldades na vacinação.“O Brasil demorou a iniciar sua campanha de vacinação contra a doença e tem demonstrado dificuldades em adquirir os imunizantes disponíveis no mercado mundial. De fato, poucas doses de vacina têm chegado nos pontos de aplicação”, afirmou.
“Diante desse cenário preocupante, julgamos imprescindível a realização de audiência pública com o ministro de Estado da Saúde, a fim de que Sua Excelência possa prestar, a esta Casa Legislativa, esclarecimentos a respeito das atuais condições de distribuição e aplicação de vacinas contra a covid-19, bem como das medidas adotadas por sua Pasta para acelerar a imunização da população brasileira”, acrescentou a parlamentar.
Procurado, o Ministério da Saúde ainda não se pronunciou.