O ex-presidente Donald Trump apresentou, nesta quinta-feira (4) sua renúncia do SAG-AFTRA, o sindicato que representa cerca de 160.000 profissionais nos Estados Unidos, de atores e músicos a profissionais da mídia.
A renúncia de Trump veio poucas semanas depois que o Conselho Nacional do sindicato votou para que sua filiação fosse reavaliada por um comitê disciplinar, em relação ao que um comunicado à imprensa na época chamou de “papel de Trump em incitar o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro”.
“Donald Trump atacou os valores que este sindicato considera mais sagrados – democracia, verdade, respeito pelos nossos compatriotas americanos de todas as raças e credos, e a santidade da imprensa livre”, disse a presidente do sindicato Gabrielle Carteris. “Há uma linha direta de seu desrespeito desenfreado pela verdade aos ataques a jornalistas perpetrados por seus seguidores.”
Em sua carta de demissão, dirigida diretamente a Carteris e disponibilizada pelo SAG-AFTRA em seu site oficial, Trump escreveu: “não desejo mais ser associado ao seu sindicato”, citando o que ele disse serem “falhas políticas”.
“Sua organização fez pouco por seus membros e nada por mim – além de cobrar taxas e promover políticas e ideias não americanas perigosas – como fica evidente por suas taxas de desemprego em massa e processos judiciais de atores famosos, que até gravaram um vídeo perguntando: “Por que o sindicato não está lutando por mim?” Trump, que era mais conhecido como o apresentador de “O Aprendiz” antes de entrar no cargo, escreveu.
O vídeo a que se refere foi lançado no ano passado em resposta ao novo plano de saúde do sindicato.
“Você não fez nada por mim”, acrescentou Trump, citando seu orgulho nas aparições que fez em filmes como “Home Alone 2” e “Zoolander”.
Em resposta à renúncia de Trump, o sindicato divulgou um comunicado que simplesmente dizia: “obrigado”.