Cúpula do Senado trabalha por acordo para adiar instalação da CPI da Covid
Integrantes da cúpula do Senado vão trabalhar para que haja um entendimento interno e a instalação da chamada CPI da Covid-19 seja adiada. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na semana passada que pretende discutir com os senadores a abertura da comissão.
Embora o requerimento, apresentado por Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já tenha 32 assinaturas, cinco a mais que o necessário, uma ala do Senado avalia que uma CPI, neste momento, pode tensionar ainda mais o ambiente político no país. Pacheco deve se reunir com os líderes na próxima quinta-feira (18) para debater o tema.
Aliados do presidente do Senado acreditam que há espaço para esperar o avanço das investigações contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta omissão na ajuda a Manaus (AM), para depois instalar a comissão.
De acordo com senadores, há também uma questão técnica a ser avaliada: se existe a possibilidade de uma CPI poder realizar seus trabalhos por meio do sistema remoto. Hoje, integrantes da Casa dizem que, no cenário, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já tem enfrentado limitações por conta das sessões virtuais. A avaliação é de que a condução de uma CPI sem a presença física dos senadores poderia ser conturbada.
Na semana passada, logo depois de Pazuello participar de sessão no Senado, Pacheco afirmou que a avaliação da instalação da CPI deve ser avaliada “agora à luz de todas as explicações que foram dadas pelo ministro”.