Cenas de aglomerações e pessoas sem máscaras voltaram a ser registradas em bares do Rio de Janeiro entre a noite de sábado (27) e a madrugada deste domingo (28).
Apesar da manutenção de restrições pela prefeitura para conter o avanço da Covid-19, dezenas de pessoas se reuniram e sobraram flagrantes de desrespeito às regras.
Na avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca, zona oeste, o público tomou não apenas as calçadas como parte da pista, prejudicando inclusive o trânsito.
O mesmo se repetiu na Avenida Mem de Sá, no Centro, onde os clientes de bares se juntaram aos de ambulantes que vendem bebidas na rua, enquanto pessoas dançavam. Na rua Dias Ferreira, no Leblon, mais aglomerações.
Nas cenas flagradas pela CNN, chama a atenção que quase a totalidade das pessoas, em sua maioria jovens, não usa máscara, apontada pelos especialistas como uma das principais formas de prevenção do coronavírus junto com o distanciamento social.
Devido à manutenção das restrições pela Prefeitura do Rio de Janeiro, os bares podem funcionar, mas com regras – várias descumpridas.
Uma resolução conjunta das secretarias de Saúde do Estado e do Município determina distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas, com limite de oito pessoas em cada. Também estão proibidas a permanência de público de pé entre as mesas e a música ao vivo. Já a venda de bebidas alcoólicas e comida só é permitida para clientes sentados.
Enquanto 12 estados e o Distrito Federal já adotaram algum tipo de restrição de circulação de pessoas, a cidade do Rio de Janeiro mantém todos os serviços e estabelecimentos abertos, apenas com limitação da capacidade de público e regras para prevenção da Covid-19. Porém, existe a preocupação de que as aglomerações causem uma nova onda de buscas pelos hospitais.
Informações levantadas pelo analista da CNN Leandro Resende indicam que as autoridades estaduais do Rio de Janeiro devem avaliar, esta semana, o impacto das festas de Carnaval.
Na última sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes fez um alerta para que as pessoas se cuidem para evitar o agravamento do cenário na capital fluminense. ”
A gente não pode afrouxar, a gente não pode se tranquilizar nesse momento. É positivo o dado, ou seja, diminuíram óbitos, diminuíram internações, isso tudo está caminhando muito bem, mas a realidade que a gente está vendo aí pelo Brasil é muito complexa. A chance de chegar no Rio não é pequena, existe uma chance grande de chegar no Rio”, apontou.
Fonte: Agência Brasil