A criação de empregos nos Estados Unidos saltou mais do que o esperado em fevereiro em meio à queda dos novos casos de Covid-19, maiores taxas de vacinação e dinheiro adicional do governo para alívio da pandemia, deixando a recuperação do mercado de trabalho de volta num caminho mais firme.
![Fila de emprego em loja da Target em São Francisco, nos Estados Unidos](https://medias.cnnbrasil.com.br/fila-de-emprego-em-loja-da-target-em-sao-francisco-nos-estados-unidos.jpeg?format=JPEG&image=https://mediastorage.cnnbrasil.com.br/IMAGES/00/00/02/21849_11C12CAB3868DC5D.JPG&width=804&height=536&resize=CROP)
Foram criados no mês passado 379 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, após um ganho de 166 mil em janeiro, disse o Departamento do Trabalho dos EUA nesta sexta-feira (5). Em dezembro, a economia fechou vagas pela primeira vez em oito meses.
Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 182 mil empregos em fevereiro.
O relatório de emprego também ofereceu um lembrete de que, à medida que os Estados Unidos entram no segundo ano da pandemia do coronavírus, a recuperação permanece terrivelmente lenta, com milhões de norte-americanos passando por longos períodos sem trabalho ou pelo desemprego permanente.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ofereceu na quinta-feira uma visão otimista do mercado de trabalho, mas alertou que o retorno ao pleno emprego este ano é “altamente improvável”.
Embora a taxa de desemprego tenha caído de 6,3% em janeiro para 6,2% no mês passado, ela continua a ser reduzida por pessoas desempregadas que se classificam erroneamente como “empregadas, mas ausentes do trabalho”.
O mercado de trabalho tem demorado a responder à queda nos casos diários de coronavírus e hospitalizações, que ajudou a impulsionar os gastos do consumidor em janeiro e levou economistas a elevarem drasticamente suas estimativas de crescimento para o Produto Interno Bruto no primeiro trimestre.
Historicamente, o emprego fica atrasado em relação ao crescimento do PIB em cerca de um trimestre, mas sua recuperação só começou em fevereiro, um ano após a economia entrar em recessão no início do surto de Covid-19 nos Estados Unidos.
Embora milhões de pessoas estejam desempregadas, as empresas estão com dificuldades para encontrar trabalhadores, o que contribui para conter o crescimento do emprego.
A pandemia está mantendo alguns trabalhadores em casa, relutantes em aceitar ou retornar a empregos que poderiam expô-los ao vírus.
Os economistas acreditam que o mercado de trabalho norte-americano ganhará força na primavera e no verão no Hemisfério Norte, com as vacinações aumentando diariamente, embora o ritmo de declínio nas infecções por Covid-19 tenha diminuído recentemente. Espera-se também um salto nas contratações com o plano de recuperação de 1,9 trilhão de dólares do presidente Joe Biden, que está sendo analisado pelo Congresso.
Fonte: CNN BRASIL