O governo de São Paulo deve anunciar nesta quarta-feira (10) novas medidas de restrição e limitar o horário de funcionamento dos serviços essenciais autorizados a funcionar durante a fase vermelha da quarentena.
A gestão estadual também estuda suspender as atividades presenciais nas escolas e manter as unidades abertas apenas para fornecimento de merenda.
Na semana passada, o governo também antecipou para as 20h o início do chamado “toque de restrição” a medida entrou em vigor inicialmente das 23h às 5h, com o objetivo de coibir aglomerações e festas noturnas.
Pela regra, a fase vermelha autoriza apenas o funcionamento de setores da saúde, transporte, imprensa, estabelecimentos como padarias, mercados, farmácias e postos de combustíveis, além de escolas e atividades religiosas, que foram incluídas na lista de serviços essenciais por meio de decretos estaduais (veja a lista completa mais abaixo).
Apesar da fase vermelha, a situação no estado se agrava a cada dia. As mortes de pacientes que aguardavam liberação de leitos intensivos ocorreram em cidades localizadas na Grande São Paulo e no interior do estado.
Colapso no sistema
Nesta terça-feira (9) a média diária de mortes por Covid-19 no estado foi de 298 óbitos, recorde pelo segundo dia seguido.
A taxa de ocupação de UTIs, com 82%, também foi a maior de toda a pandemia, bem como o total de pacientes internados em leitos intensivos e de enfermaria, que chegou a 20,3 mil pessoas.
A situação mais grave é a de Taboão da Serra, onde 11 pessoas morreram desde sexta-feira (5) à espera de vagas.
Foram suspensas cirurgias eletivas estéticas e funcionais e de intervenção guiada por imagem, além de exames também eletivos de colonoscopia, endoscopia, broncoscopia e exames ambulatoriais de polissonografia.
O que pode funcionar na fase vermelha:
- Escolas e universidades
- Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários)
- Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres
- Delivery e drive-thru para bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega
- Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção
- Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos
- Serviços de segurança pública e privada
- Construção civil e indústria
- Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens
- Outros serviços: igrejas e estabelecimentos religiosos, lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.
Fonte: G1