Mesmo com as medidas restritivas em vigor desde o dia 9 de março, como toque de recolher no período de 20h às 5h e proibição de festas, a Guarda Civil de Mariana, Região Central de Minas Gerais, atendeu 36 denúncias de festas clandestinas neste final de semana. Neste domingo (14/03), uma festa clandestina com nome de “Encontro de Sons” foi interrompida em uma ação conjunta da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar de Mariana.
De acordo com o fiscal de posturas de Mariana, Rodolfo Pereira, havia 80 pessoas em um local que dá acesso a vários distritos de Mariana, conhecido como Mina Del Rey. Cinco carros foram apreendidos e levados ao pátio credenciado ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), os motoristas foram multados e liberados juntamente com os outros participantes.
“Vejo muitas críticas à Guarda Municipal e à Fiscalização de Mariana, a gente tem trabalhado intensamente desde sexta-feira e contamos com denúncias e o apoio da população porque não está fácil”, disse o fiscal.
No sábado (13/3), a Boate Fênix, em Ribeirão do Carmo, Distrito de Mariana, foi fechada. No local, segundo o fiscal de posturas, estavam 20 pessoas sem máscara e não tinha alvará de funcionamento.
No mesmo dia, no distrito de Padre Viegas outra festa com 60 pessoas foi interrompida pelos fiscais e a Polícia Militar.
Enquanto isso, cidade em luto
Os 10 leitos de UTI para COVID-19 da Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, hospital que atende os casos graves da doença, estão todos ocupados. No Hospital Monsenhor Horta, os 12 leitos de Clínica Médica estão em 80% de ocupação. Duas mortes por COVID-19 foram registradas nesse sábado, somando 44.
No sábado, o Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde de Mariana publicou uma nota informando que a cidade passa por um momento crítico. De acordo com a nota, 22 pacientes estão internados, com três em leitos de terapia intensiva e outros seis aguardando vaga de UTI SUS e convênio.
“O que muitos não entendem é que só a Guarda Municipal, a Polícia Civil e os toques de recolher não adiantam sozinhos. É preciso que todos colaborem. A gente tem trabalhado muito para dar segurança e resguardar a vida das pessoas”, finaliza Rodolfo Pereira.
Fonte: Estados De Minas