Com mais 49.293 casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24 horas, o Brasil ultrapassou nesta segunda-feira (22) a marca de 12 milhões de confirmações desde o início da pandemia. Ao todo, são 12.047.526.
Esse patamar fúnebre só foi alcançado por outro país em todo o mundo, os Estados Unidos, que têm a maior quantidade de diagnósticos confirmados e mortes pela doença.
Por lá, porém, os números vem caindo desde meados de janeiro. No domingo (21), quando os norte-americanos atualizaram a contagem pela última vez, foram confirmados 33 mil novos casos — 14 mil a menos que os registrados no Brasil no mesmo dia.
Os especialistas consideram que este é o momento mais grave da pandemia no país. A média móvel de óbitos tem batido recordes sucessivos desde 24 de fevereiro e chegou a 2.306 nesta segunda.
Só nas últimas 24 horas, mais 1.383 vítimas da doença foram registradas, totalizando 295.425.
Até este domingo (22), 16 estados e o Distrito Federal estavam em colapso na saúde, com mais de 90% da ocupação de leitos de UTI. Mato Grosso do Sul e Rondônia não tinham mais nenhuma vaga na terapia intensiva disponível.
Em todo o país, apenas o Amazonas, com 77,6% de ocupação, e Roraima, com 71%, não aparecem em situação crítica.
Esse último fim de semana foi o mais fatal de toda a pandemia, com 3.728 mortes em 48 horas. É comum que, aos domingos e segundas-feiras, as confirmações sejam represadas por conta do funcionamento de laboratórios e secretarias da Saúde.
Pouco mais de dois meses depois do início da vacinação, o Brasil atingiu mais cedo a marca de 16 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas em todo o território nacional.
Em termos percentuais, porém, o número ainda é pequeno. Até o momento, 5,61% da população brasileira tomou pelo menos uma dose e 1,97%, tomou as duas doses necessárias para ser imunizado.
O presidente do Conass, Carlos Lula, disse em entrevista à CNN que, caso a vacinação acelere, o número de internações pode começar a baixar a partir de abril. O prognóstico para o momento atual, porém, não é animador.
“Muito provavelmente, nessa semana ainda, a gente ultrapasse a marca de 3 mil óbitos diários. Agora, começamos a perder pessoas sem ter acesso a um leito de UTI ou enfermaria. A letalidade ainda vai aumentar nos próximos dias”, disse.
Fonte: CNN BRASIL