O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, pediu demissão do cargo e vai deixar o Governo Bolsonaro. A informação foi anunciada pelo próprio militar em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (29/03).
O comunicado, no entanto, não informa o motivo da saída do governo. Azevedo e Silva inicia o texto agradecendo o presidente Jair Bolsonaro pela oportunidade e lealdade nesse período em que fez parte da equipe de governo.
Por fim, ele agradeceu também os comandos e as forças da Marinha, do Exército e da Aeronáutica pelo trabalho realizado. Além disso, Azevedo e Silva afirmou ter “preservado as Forças Armadas como instituições de Estado” no período em que esteve à frente do Ministério da Defesa.
Leia a nota na íntegra:
“Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total
lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter
servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa.
Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de
Estado.
O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca
mediram esforços para atender às necessidades e emergências da
população brasileira.
Saio na certeza da missão cumprida”
Fernando Azevedo e Silva
O general Fernando Azevedo e Silva foi anunciado como ministro do Governo Bolsonaro ainda durante a transição da administração, em 2018.
Antes de assumir a pasta, Azevedo e Silva foi chefe do Estado-Maior do Exército, passando para a reserva em 2018.
Fora da ativa, ele atuava como assessor do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, quando recebeu o convite para chefiar o Ministério da Defesa.
O general ficou à frente do Ministério por dois anos e três meses. O nome do substituto não foi anunciado ainda.
Segundo ministro a deixar o governo
Fernando Azevedo e Silva é o segundo ministro do Governo Bolsonaro a anunciar sua saída do cargo nesta segunda-feira (29). Mais cedo, o embaixador Ernesto Araújo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda para entregar seu cargo.
Ernesto Araújo passou pouco mais de 800 dias à frente do Itamaraty e vinha sendo contestado dentro e fora do governo.