O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou na noite deste sábado (3) que não colocará em prática a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques, que mais cedo liberou a realização de atividades religiosas presenciais em todo o país.
No Twitter, o prefeito disse que seguirá a decisão do plenário do STF que deu a prefeitos e governadores o poder de tomar decisões relativas à pandemia.
A decisão
Enquanto o país enfrenta o pior momento da pandemia, Nunes Marques decidiu autorizar a realização de celebrações religiosas em todo o Brasil. Indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, ele determinou que sejam aplicados protocolos sanitários nos espaços religiosos, limitando a presença em cultos e missas a 25% da capacidade do público.
“Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa, responsável, entre outras funções, por conferir acolhimento e conforto espiritual”, observou o ministro na decisão.
“Estamos em plena Semana Santa, a qual, aos cristãos de um modo geral, representa um momento de singular importância para as celebrações de suas crenças – vale ressaltar que, segundo o IBGE mais de 80% dos brasileiros declararam-se cristãos no Censo de 2010”, acrescentou.
A decisão do ministro foi tomada em ação movida pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos.