A Índia relatou um aumento recorde de infecções de Covid-19 nesta segunda-feira, tornando-se o terceiro país depois dos Estados Unidos e do Brasil a registrar mais de 100 mil casos em um dia.
Os hospitais de Maharashtra, o Estado indiano mais afetado pela pandemia, estão ficando sobrecarregados de pacientes. O Estado mais rico da Índia, e sede de sua capital comercial Mumbai e numerosas indústrias, relatou um recorde de 57.074 casos novos de madrugada.
As infecções diárias do país aumentaram cerca de 12 vezes desde que atingiram uma baixa de vários meses no início de fevereiro, quando as autoridades amenizaram a maioria das restrições e as pessoas praticamente pararam de usar máscaras e obedecer o distanciamento social.
Com 103.558 infecções novas, a Índia acumula 12,6 milhões de casos, a cifra mais alta depois dos EUA e do Brasil, como mostram dados do Ministério da Saúde. As mortes aumentaram em 478, ainda uma das menores taxas de mortalidade do mundo, elevando o total a 165.101.
Na semana passada, a Índia registrou o maior número de infecções do mundo. Variantes mais infecciosas do vírus podem ter desempenhado um papel na segunda disparada, dizem alguns epidemiologistas.
“A nova variante, ou variantes de preocupação, provavelmente explicam muito disto, ao invés de uma explicação simplista de comportamento”, disse Rajib Dasgupta, chefe do Centro de Medicina Social e Saúde Comunitária da Universidade Jawaharlal Nehru de Nova Délhi.
A Índia encontrou centenas de casos de variantes do vírus detectados pela primeira vez no Reino Unido, África do Sul e Brasil.
Maior fabricante mundial de vacinas, o país aplicou 77 milhões de doses desde o início de sua campanha de imunização em meados de janeiro, o terceiro maior número do mundo, depois dos Estados Unidos e da China.
As vacinações per capita da Índia, no entanto, são mais baixas do que em muitos outros países, incluindo a da mais populosa China, que começou a aplicar vacinas em seus cidadãos muito antes.
No momento, a Índia está vacinando apenas pessoas com mais de 45 anos, tendo coberto os trabalhadores da saúde e da linha de frente primeiro com a vacina da AstraZeneca e outra desenvolvida localmente com o apoio do governo.
Fonte: Terra