Na nota oficial expedida em conjunto pelos órgãos, a justificativa pela recomendação é o aumento dos casos de Covid e os altos índices de transmissão do vírus, além do aumento da média de mortes diária no Estado.
Resta aguardar a decisão do Justiça, já que os Ministérios Públicos, além da Defensoria Pública da União não possuem poder de decisão.
A reportagem do Super.FC aguarda o posicionamento da Federação Mineira de Futebol, que se reuniu nesta sexta-feira para tratar do assunto, além da Secretaria do Estado de Saúde a respeito da recomendação dos órgãos públicos.
Confira a nota oficial a respeito da recomendação conjunta:
“Os Ministérios Públicos do Trabalho (MPT/MG), Federal (MPF/MG) e do estado de Minas (MPMG) e a Defensoria Pública da União (DPU) expediram, na tarde desta quinta-feira, 8, recomendação conjunta à Federação Mineira de Futebol (FMF) e à Secretaria de Saúde do Governo de Minas Gerais, para que sejam suspensas as partidas de qualquer campeonato de futebol, “seja nacional, regional, estadual ou local; feminino ou masculino; profissional ou das categorias de base e intermediárias”.
No documento, as instituições recomendam que os jogos de competições nacionais, regionais ou estaduais só devem ser retomados quando a situação epidemiológica permitir.
A recomendação foi expedida em razão dos níveis alarmantes de disseminação da Covid-19 nas últimas semanas, que provocaram um aumento da média móvel de mortes diárias pela doença e levaram à decretação de medidas restritivas às atividades não essenciais em diversos estados brasileiros.
No documento os signatários citam dados divulgados pela imprensa registrando 320 casos de Covid-19 entre atletas e equipes técnicas durante a Série A do Campeonato Brasileiro de 2020, bem como sucessivos surtos nos clubes de futebol ao longo do campeonato que indicam “insuficiência dos protocolos e medidas adotas pela CBF e pelas Federações para evitar o contágio dos profissionais envolvidos na competição.
O descumprimento das medidas recomendadas poderá implicar na adoção de providências administrativas e judiciais contra os responsáveis que se mantiverem inertes em relação à situação apresentada na recomendação.”
Fonte: O Tempo