A campanha do Governo do Estado “O Rio abraça a vacina. O Rio abraça a vida”, que incentiva a vacinação da população fluminense contra Covid-19, vem dando o que falar nas redes sociais. O motivo? O modelo que aparece em um dos banners de divulgação aparece utilizando a máscara de proteção de cabeça para baixo.
A gafe da propaganda, que sendo veiculada desde meados de março, foi observada por internautas e virou motivo de piada na internet. Um das pessoas que comentou o equívoco foi deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Em nota , o Governo do Rio de Janeiro que “A Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Publicidade do Governo do Estado do Rio pedem desculpas por não terem percebido esse equívoco no uso da máscara dentro do nosso maior intuito nesta campanha: incentivar as pessoas que já podem se vacinar a buscar a imunização contra a Covid-19 e a manter as medidas de proteção. As peças publicitárias da primeira fase da campanha já foram recolhidas ontem (09.04) e uma segunda fase irá para as ruas nesta terça-feira (13.04)”.
Campanha custou R$ 13 milhões que foram retirados do Fundo Estadual de Saúde.
Segundo informou o jornalista Ruben Berta, no último dia 15 de março, a propaganda que exibe o uso errado da máscara custou R$ 13 milhões, retirados do Fundo Estadual de Saúde. Existe ainda a possibilidade de serem gastos mais R$ 17 milhões em futuras etapas da campanha.
A contratação da agência que iria fazer campanha foi outro assunto que suscitou discussão, conforme revelou uma parecer da Secretaria da Casa Civil, que foi divulgado pelo jornalista na mesma reportagem.
A Superintendência de Publicidade da pasta deu um prazo de apenas dois dias úteis para que as empresas interessadas apresentassem suas propostas.
A agência Propeg acabou foi a única que concordou em realizar o serviço, dizendo na resposta à convocação feita pela Casa Civil que “já estava trabalhando em uma campanha sobre este tema para apresentar ao governo” mesmo antes de o estado demonstrar oficialmente interesse“.
O retorno dado pela empresa despertou as questões sobre a impessoalidade do processo de contratação. As outras quatro agências habilitadas – Artplan, Agência 3, Binder e Nacional – foram unânimes em declinar a realização do trabalho por causa do pouco tempo dado para a realização do projeto.
Em resposta ao Blog do Berta, a assessoria de imprensa da Casa Civil defendeu a legalidade da contratação da Propeg para a campanha
“Rio Abraça a Vacina” e afirmou que “dada a urgência do assunto e os prazos praticados no dia a dia de uma agência de publicidade, o tempo solicitado para o retorno não foge à prática de mercado”.
Fonte: Diário do Rio