A crise que se abateu sobre a economia brasileira devido à pandemia da covid-19 chegou até as instituições beneficentes, que sobrevivem de doações e atendem os mais necessitados.
A Sociedade São Vicente de Paulo, que ajuda moradores de regiões carentes de Belo Horizonte e Região Metropolitana, que estão passando por um momento difícil financeiramente, é uma das entidades que sofreram com a queda nas doações no último ano.
“Desde dezembro do ano passado, houve uma queda mais expressiva em todos os tipos de doações. Com isso, muitas das nossas conferências estão passando dificuldade. Aquelas conferências que atuam em regiões onde existem um número elevado de pessoas com mais necessidades estão passando por uma grande baixa na doação”, explica o presidente do Conselho Metropolitano de Belo Horizonte da Sociedade São Vicente de Paulo, Wellington Corrêa.
O representante da instituição pede ajuda para continuar o projeto: “Nesse momento de dificuldade, a gente pede que aquelas pessoas que estão com condição ajude as nossas conferências, que atuam em toda BH e Região Metropolitana. Contamos com ajuda para passar essa dificuldade momentânea. Temos muita fé em Deus e pedimos que acabe com esse vírus e que a vacina chegue para todos”.
Para ajudar, entre em contato pelo telefone: 3349-1700
Casa de Acolhida Padre Eustáquio
A Casa de Acolhida Padre Eustáquio (CAPE) também é uma das instituições que está enfrentando dificuldades para conseguir sobreviver a essa crise econômica.
Com o objetivo de amparar e proporcionar estrutura a crianças e adolescentes durante o tratamento oncológico, a entidade atende cerca de 500 pessoas, como conta a superintendente da instituição Mônica Araújo.
“A Cape acolhe crianças e adolescentes de várias partes do país, principalmente do interior de Minas. A Cape acolhe atualmente mais de 500 crianças e adolescentes, com seus acompanhantes”, explica.
A dificuldade de manter uma instituição beneficente com 100% de doações já era grande e ficou mais desafiador da covid-19, como lembra Mônica.
“Com mais de um ano de pandemia, os desafios se tornaram ainda maiores. A gente tem buscado o apoio da sociedade para que a gente consiga permanecer acolhendo e dando assistência de qualidade a todos nossos assistidos”, afirma.
Mônica também pede a colaboração da população para seguir com o projeto: “Neste primeiro trimestre, a dificuldade ficou ainda maior. Nós tivemos uma perda significativa de doadores mensalistas. Por isso, eu queria convidar as pessoas da comunidade a abraçar essa causa”.
Para ajudar, entre em contato pelo telefone 3401-8000 ou acesse o site da Cape.
Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus
Com 52 anos de existência, a instituição filantrópica Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus também vive um ano difícil para manter as contas em dia com a queda na arrecadação de doações.
A gerente do Núcleo, Luciana Vieira, explica que são mais de 80 pessoas, entre crianças, jovens e adolescentes, que possuem sequelas de paralisia cerebral, atendidos pela entidade. Além delas, 40 idosos em situação de vulnerabilidade social são acolhidos pela instituição.
“Nosso atendimento é pautado na assistência social, que busca a garantia do direito dos nossos acolhidos na instituição. Estamos vivendo um momento de muita dificuldade e de crise no nosso país. O núcleo não está fora dessa realidade”, explica.
Luciana completa: “Nós tivemos que fechar as portas da nossa instituição para as visitas e automaticamente com isso perdemos com a doação. Nós temos um bazar, que está fechado há mais de um ano, que ajudava bastante na sustentabilidade da instituição. Tivemos uma queda de mais de 73% da arrecadação com o fechamento do bazar”.
Para ajudar, entre em contato pelo telefone 0800 031 5600
Projeto Assistencial Novo Céu
O Projeto Assistencial Novo Céu, que cuida de pessoas com paralisia cerebral e sobrevive a partir de doações, está entre as instituições que sofreram financeiramente durante a pandemia da covid-19.
Há 30 anos, o projeto se mantém integralmente, com ajuda da sociedade civil, por meio de doações financeiras ou de produtos de necessidade dos acolhidos.
“A pandemia afetou todos os setores da sociedade. Com o terceiro setor, principalmente, quem doava e perdeu o emprego, por exemplo, deixou de doar. Quando as pessoas conseguiam visitar a instituição, elas levavam bastante doações para a instituição, como fraldas e roupas, para serem vendidas no nosso bazar presencial. Com as visitas suspensas, deixamos de receber essas doações”, esclarece uma das diretoras voluntárias do Novo Céu, a jornalista Ana Luísa Alves.
Com o isolamento social e a suspensão das visitações ao projeto, o jeito foi migrar para o mundo virtual. “A gente teve que se adaptar a esses tempos, onde a vida passou a ser toda digital. Criamos um perfil do bazar online do Novo Céu para facilitar que a compra ocorra de forma online”, relata.
Para ajudar, entre em contato pelo número no 3368-6860 ou acesse o site Novo Céu.
Central Única das Favelas de Minas Gerais (CUFA)
Durante a pandemia da covid-19, quem sempre se preocupou com a dor do outro encontra dificuldade para manter a ajuda aos mais necessitados. Esse é o caso da Central Única das Favelas de Minas Gerais (CUFA).
No início da pandemia, a entidade, como explica o presidente Francis Santos, se reinventou e deu início a dois novos projetos para amparar quem estava sendo afetado pela crise gerada pelo novo vírus.
“Quando começou a pandemia, em março do ano passado, focamos em projetos de ação humanitária. Criamos duas ações: mães da favela e CUFA contra o vírus. O objetivo foi promover a arrecadação de alimentos e produtos de higiene, além de fazer com que a informação circulasse de modo que as pessoas entendessem a importância de se cuidar e se isolar de modo saudável, com alimento dentro de casa”, explica.
Porém, as doações também vêm sofrendo impacto, uma vez que muitos comércios estão fechados e o desemprego está crescendo. O ativista pede ajuda para manter as ações. “Gostaríamos de convidar as pessoas que possam contribuir, que nos ajudem com doações em nosso site”, solicita.
Para colaborar, basta acessar o site da CUFA.
O Bom Samaritano de Contagem
O projeto social O Bom Samaritano de Contagem também está sofrendo com a redução nas doações. Uma das coordenadoras da entidade, Ana Paula Rodrigues pede ajuda da população para conseguir manter a alimentação de pessoas que passam por dificuldades neste momento.
“Desde março do ano passado, buscamos atender a famílias em situação de extrema vulnerabilidade, que estão precisando de alimentos, produtos de higiene e máscaras. Com a ajuda da sociedade, conseguimos entregar mais de mil cestas básicas. Porém, desde dezembro deste ano as doações reduziram muito e a fome aumentou.
Ela lamenta: “Nós estamos em um momento em que estamos entre a cruz e a espada. De um lado nós temos a covid-19 matando tantas pessoas e do outro lado temos a fome que não tem assombrado muitas famílias e muitas crianças, que não conseguem entender a situação que estamos vivendo hoje”.
Para colaborar, basta acessar o perfil do O Bom Samaritano no Facebook.
Lá da Favelinha
Um dos coordenadores, Kadu dos Anjos explica o funcionamento do projeto, que busca combater a fome.
“É uma iniciativa independente, que gera muita oportunidade e renda aqui no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. Há mais de um ano a gente está no combate à fome durante a pandemia. Ano passado, com iniciativas privadas, a gente conseguiu alimentar mais de 270 mil pessoas”, contou.
Kadu conta que a boa ação não parou na distribuição das quentinhas e que o projeto também entregou 60 mil cestas básicas. O gesto solidário repercutiu até internacionalmente, com direito a uma reportagem publicada no renomado jornal The New York Times, dos Estados Unidos.
No entanto, com o prolongamento da pandemia, a situação foi se agravando e os recursos para a manutenção da distribuição também ficaram mais escassos. Por isso, o projeto pede ajuda para seguir distribuindo esperança, alento, mas, sobretudo, comida a tantos necessitados.
Para ajudar, deixe uma mensagem no perfil do projeto no Instagram.
Compartilhando Empatia
Renata Vilela, idealizadora do projeto, conta que ele já distribuiu mais de 75 toneladas de alimentos e produtos de higiene a pessoas carentes e que passam por ainda mais dificuldades em meio pandemia.
Renata detalha o processo para as famílias receberem as doações e alerta para as dificuldades de sustentar a continuidade do projeto.
“As famílias beneficiadas são cadastradas em parceria com líderes comunitários e comunidades carentes nas cidade. A entrega das sextas é feita com todas as medidas de segurança e higiene. Cada uma delas contém alimentos para adultos e crianças e itens de higiene”, disse.
“Hoje, após um ano do início da pandemia, o que presenciamos é uma situação caótica, preocupante, drástica, na qual muitas pessoas estão passando dificuldades com a vinda da segunda onda de uma forma muito forte, misturado ao fim do auxílio emergencial”, finalizou.
Para ajudar, acesse o perfil do projeto no Instagram.
Campanha Unindo Forças BH
Algumas organizações beneficentes de Belo Horizonte se uniram para ajudar aqueles que estão passando por esse momento difícil durante a pandemia da covid-19. Juntas as instituições criaram a campanha “Unindo Forças BH”.
“A gente resolveu criar uma campanha única de arrecadação em BH. O objetivo é mostrar esse movimento da cidade, que cuida dela própria. Começamos, no ano passado, com oito organizações e já estamos com quase 70 organizações parceiras. Algumas empresas, que estão entendendo o papel delas na sociedade, estão aderindo a campanha também. Elas têm cooperado com doações em valores ou com o incentivo aos seus colaboradores para que realizem doações ”, conta um dos idealizadores da campanha, Felipe Americano.
Ele completa: “Estamos trabalhando com a meta de arrecadar entre 10 e 15 mil cestas básicas para ajudar aproximadamente 40 mil pessoas na nossa cidade. A meta era R$ 1 milhão em 40 dias. A gente já está alcançando esse valor. Essa marca foi atingida em 15 dias. Então, a gente está trabalhando até o fim dos quarenta dias para dobrar a meta. Estamos convocando o empresário e a pessoa física para colaborar”.
Para ajudar, entre em contato pelo link no Instagram da campanha.
Comunidade Viva Sem Fome
A campanha “Comunidade Viva Sem Fome”, que completa um ano neste mês e tem 1.200 famílias cadastradas, também enfrenta dificuldades para conseguir distribuir para essas pessoas cestas básicas e itens de limpeza.
Márcio Rogério Oliveira, que é um dos idealizadores da campanha, explica que o desafio é arrecadar 15 mil toneladas de alimentos por mês e distribuir para para essas famílias cadastradas.
“A Campanha Comunidade Viva Sem Fome ajuda às famílias pelo tempo que elas necessitam. O tempo que cada família permanece sendo atendida é determinado pelas mais de 60 entidades parceiras que conhecem a realidade dessas pessoas”, esclarece.
Ele completa: “Temos o compromisso de arrecadar os recursos necessários para prover essas 1.200 cestas mensais. Mas isso não tem sido fácil. Embora as pessoas tenham se mobilizado muito no momento da pandemia, depois as doações diminuíram muito”.
Hospital Mário Penna
O Hospital Mário Penna é uma das instituições que estão precisando de ajuda neste momento de pandemia da covid-19. O doutor Rodrigo Vieira, diretor assistencial hospitalar da instituição, especializada no tratamento de Câncer, detalha o atendimento realizado.
“Realizamos mais de 10 mil consultas, mais de mil cirurgias, 3500 sessões de radioterapia e 2.500 sessões de quimioterapia por mês. São 304 leitos de internação. Além dos números, que são bastante expressivos, temos que prezar pela qualidade. Não adianta termos números expressivos se não temos qualidade”, explica.
Ele completa: “Além dos atendimentos oncológicos, o Instituto Mário Penna está com outro desafio, que é o tratamento da covid-19. Temos pacientes internados com covid-19. Nesse momento, são 64 leitos de enfermaria e 30 leitos de CTI dedicados somente ao tratamento de pacientes com a doença. Então, nesse momento, nossa missão é dupla”.
Rodrigo Vieira aproveita para pedir por ajuda. “Completando 50 anos, em um ano difícil, aproveito o espaço para pedir a todos que possam ajudar que colaborem com o Instituto Mário Penna com qualquer valor e qualquer doação é muito bem vinda nesse momento porque estamos com um desequilíbrio entre receita e despesa”, solicita.
Para ajudar, basta ligar para o número 0800 039 1441 ou acesse o site do instituto.
Marias Bonitas de Lourdes
O projeto Marias Bonitas de Lourdes quer arrecadar 2 mil cestas básicas até dia 30 deste mês. As doações vão ser encaminhadas ao projeto ‘Comvida: Comunidade Viva Sem Fome’, que atende comunidades de baixa renda de Belo Horizonte.
Para isso, as organizadoras da ação pedem a colaboração da sociedade neste momento tão difícil da pandemia da covid-19. Uma das coordenadoras, Clarissa Vaz, explica que o projeto existe há um ano.
“Nós começamos essa campanha no dia 26 de março. Até essa sexta-feira (9), nós completamos 1.500 cestas distribuídas para essas famílias que estão em vulnerabilidade alimentar. As pessoas interessadas podem entrar no nosso instagram ou pelo whatsapp, que nós fornecemos os dados bancários da fornecedora de cestas”, explica.
Ela completa: “Cada cesta tem o preço de R$ 68,70. Elas são entregues em um imóvel, que foi cedido para o projeto comunidade. As cestas são armazenadas nesse local e, em seguida, são distribuídas para as famílias”.
Para ajudar, entre em contato pelo Instagram mariasbonitasdelourdes ou pelo número de WhatsApp 3292-0652.
Fonte: Itatiaia