Dez diplomatas russos são expulsos dos Estados Unidos, e grupo de pessoas e empresas é alvo de dura bateria de sanções. Rússia diz que ação é comportamento agressivo e promete resposta.
O governo dos Estados Unidos impôs nesta quinta-feira (15/04) uma dura bateria de sanções a um grupo de pessoas e empresas da Rússia e expulsou dez diplomatas do país em retaliação a atividades de espionagem cibernética e à ingerência em eleições americanas.
Sobre os dez membros da missão diplomática russa expulsos, o governo dos EUA apenas esclareceu que entre eles há representantes dos serviços de inteligência russos. Os Estados Unidos também sancionaram seis empresas de cibersegurança russas, as quais acusam de apoiar a inteligência do próprio país.
O governo americano culpou as agências espiãs russas Serviço Federal de Segurança, Diretoria de Inteligência e Serviço de Inteligência Estrangeira pelo grande ataque cibernético a sistemas governamentais e grandes empresas americanas através do programa SolarWinds.
Até agora, os EUA haviam apenas falado sobre suas suspeitas de que a Rússia estava por trás do ataque, supostamente iniciado em 2019, mas nesta quinta-feira garantiram que seus serviços de inteligência estão completamente seguros dessa acusação.
Os EUA também sancionaram 16 empresas e 16 indivíduos russos por supostamente interferirem nas eleições de 2020 nos EUA “sob ordens da liderança do governo russo”.
O governo Biden, em colaboração com União Europeia (UE), Reino Unido, Austrália e Canadá, também sancionou cinco pessoas, duas empresas e um centro de detenção devido à ocupação russa da região da Crimeia, na Ucrânia, e grave desrespeito dos direitos humanos da população local.
Todas as propriedades que os sancionados possam ter nos EUA estão bloqueadas, e americanos e pessoas residentes nos EUA estão proibidos de qualquer transação com as pessoas e entidades envolvidas.
Aceno de Biden a Putin
Biden já informara Putin sobre essas decisões durante a conversa por telefone que tiveram esta semana, que o presidente americano descreveu como sincera e respeitosa.
Biden acenou ao Kremlin com um diálogo. “Deixei claro ao presidente Putin que poderíamos ter ido mais longe, mas escolhi não fazê-lo. Escolhi ser proporcional”, disse o presidente americano em um discurso na Casa Branca sobre a Rússia. “Os Estados Unidos não estão procurando iniciar um ciclo de acirramento e conflito com a Rússia. Queremos uma relação estável e previsível”, disse.
O presidente americano também disse ter deixado claro o compromisso dos Estados Unidos com a integridade territorial da Ucrânia.
Fonte: DW