Ministério da Saúde diz ter garantias de que Moçambique possa receber pelo menos seis milhões de doses de vacinas até final de 2021, admitindo dificuldades devido à grande procura. Foram vacinadas mais de 58 mil pessoas.
“A quantidade de vacinas no mercado internacional é escassa e é mesmo uma corrida que nós estamos a fazer. É um processo [em] que temos, sim, promessas, mas pode não se concretizar naquele momento, entretanto, há garantias de que possamos receber pelo menos seis milhões de doses de vacinas até o fim do ano”, disse Benigna Matsinhe, diretora adjunta de Saúde Pública.
A responsável falava durante a atualização de dados sobre a Covid-19, onde avançou que o país já vacinou 58.350 pessoas contra a Covid-19, maioritariamente diabéticos e reclusos, na segunda fase de imunização que arrancou no dia 19.
“Neste momento temos 485 mil doses de vacina que são as que estão a ser usadas agora para a segunda fase de vacinação”, referiu a diretora.
O país já recebeu vacinas da China, Índia e através do mecanismo Covax, uma iniciativa que visa fornecer vacinas contra a covid-19 a 20% da população de quase 200 países e territórios participantes.
Corrida às vacinas
Segundo as autoridades de Saúde, estão em processo mecanismos do setor privado e do Governo, através do Orçamento do Estado, para aquisição de novas vacinas.
“São vários países, todos a correrem para a mesma vacina, e os fabricantes têm de responder às suas próprias necessidades e depois também a dos outros países que querem adquirir”, destacou Benigna Matsinhe.
Na nova fase de vacinação contra a Covid-19, com fim previsto para 1 de maio, espera-se abranger 216.771 pessoas, das cerca de 16 milhões pretendidas a vacinar no país, entre reclusos, funcionários prisionais, diabéticos, professores do ensino primário, doentes em terapia imunossupressora e membros da polícia da República de Moçambique.
O país tem um total acumulado de 809 mortos e 69.715 casos, dos quais 90% recuperados e 42 internados.
A pandemia provocou, pelo menos, 3.109.991 mortos no mundo, resultantes de mais de 147 milhões de casos de infeção.
Fonte: DW