O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) afirmou que “está pronto” para uma possível candidatura à Presidência da República nas eleições de 2022.
“O meu nome está aqui, eu não sou candidato de mim. Eu quero um projeto para a gente defender ideias. Se perguntar para mim, você está pronto? Eu estou pronto. Se perguntar para mim, você vai, você tem coragem para ir para uma das campanhas mais sórdidas, baixas, invasivas, pelos comentários do presidente e do filho do presidente, eu estou pronto”
Luiz Henrique Mandetta
“Eu pertenço a um partido político que tem ideais a apresentar, tenho mais de 35 anos, sou nascido aqui no Brasil, estou em dia com minhas obrigações eleitorais, ou seja, reúno as obrigações básicas [para se candidatar à presidência]”, prosseguiu o ex-ministro da Saúde.
Na avaliação de Mandetta, tanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entram na corrida eleitoral já desgastados. Para o médico, ambos têm “passados que serão lembrados por todos os brasileiros”.
O ex-ministro entende que tanto Lula como Bolsonaro estão no “teto” e, por isso, não há uma tendência para expansão de base eleitoral.
Especificamente sobre o atual chefe do Executivo, Mandetta acredita que Bolsonaro não será reeleito.
“O Collor foi o primeiro a não se reeleger. Ele [Bolsonaro] vai ser o segundo, porque, primeiro, ele precisa terminar o mandato para pensar em reeleição. Agora, espero que ele não continue, porque ele não está à altura do cargo”, afirmou.
Sobre uma terceira via para as eleições presidenciais, o ex-ministro afirmou que ela só confirmará se houver anseio da população.
Pazuello
O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta disse ter a impressão de que o general Eduardo Pazuello está “com medo de ser inquirido” na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia de Covid-19.
Para o médico ortopedista, o militar — que também foi ministro da Saúde — tem medo de saber o que será revelado a cerca das decisões tomadas por ele. Mandetta ressaltou também que o primeiro ato de Pazuello como chefe da pasta já tirou a credibilidade dele, que foi a tentativa de mudar a forma de divulgação dos números da Covid-19 no Brasil.
“Ele [Pazuello] se submeteu a um papel de retirar as funções do Ministério da Saúde. O primeiro ato dele foi de não divulgar números. Teve que vir ordem do STF para divulgar os números. Ele perdeu a credibilidade na saída”, afirmou.
Além de esconder dados, Mandetta avalia que Pazuello também promoveu o uso da hidroxicloroquina – remédio sem eficácia comprovada contra Covid-19 –, não adquiriu as vacinas que lhe foram ofertadas, desistiu de todo plano de testagem brasileiro e deixou de analisar as novas cepas que surgiam.
“Fez um trabalho de baixa qualidade e sempre com muita subserviência”, declarou.
Fonte: CNN BRASIL