Em meio a um confinamento estrito de nove dias para combater uma nova onda de infecções, a Argentina recebeu mais de 1,65 milhão de vacinas contra a covid-19 nos últimos dois dias, informou o governo em um comunicado nesta segunda-feira (24).
Uma remessa de 843 mil doses dos Estados Unidos constituiu o primeiro lote de vacinas AstraZeneca-Oxford feitas com princípio ativo produzido na Argentina, de um total de 22,4 milhões compradas pelo país sul-americano.
A Argentina e o México concordaram em produzir em conjunto cerca de 150 milhões de vacinas do laboratório da AstraZeneca, com o princípio ativo fabricado em Buenos Aires.
Porém, a conflusão do processo sofreu atrasos significativos devido à falta de insumos para seu envase no México.
Assim, cerca de 900 mil doses produzidas em um laboratório privado argentino foram enviadas para envase na fábrica da AstraZenecea em Albuquerque, nos EUA. São elas que compõem o carregamento recebido nesta segunda em Buenos Aires.
A ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, e a assessora presidencial Cecilia Nicolini estão no México “para terminar de certificar processos e ir desbloqueando qualquer inconveniente para aprovar os lotes”, disse o chefe de gabinete argentino, Santiago Cafiero.
Além disso, chegou nesta segunda uma remessa da Rússia com 609.965 doses da Sputnik V, que se somaram a outras 204 mil vacinas da AstraZeneca que chegaram no domingo, parte do mecanismo Covax da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dessa forma, a Argentina recebeu um total de 1.657.565 doses para “dar continuidade ao plano de vacinação” em todo o país, informaram as autoridades.
O governo argentino disse que espera a chegada de 4 milhões de doses do México nos próximos dias. Para negociar a aquisição de mais vacinas, Vizzotti viajará em breve para Cuba.
Até esta segunda-feira, cerca de 8,8 milhões de pessoas foram vacinadas com pelo menos uma dose, e 2,4 milhões foram totalmente imunizadas na Argentina, onde ainda falta administrar 1,5 milhão de doses já distribuídas no país, segundo o Monitor Público de Vacinação.
Com 45 milhões de habitantes, o país vive “o pior momento da pandemia”, segundo seu presidente Alberto Fernández, com 22.651 novas infecções e 417 mortes nesta segunda, em um total de 3.562.135 casos e 74.480 mortes desde março de 2020, de acordo com o Ministério da Saúde.
Fonte: MSN