O Atlético protocolou, nesta segunda-feira, na Justiça do Trabalho o pedido de homologação do acordo que fez com o ex-volante Adilson Warken. No acerto, anunciado pelo clube no dia 21 deste mês, o Galo pagará R$ 2,808 milhões ao ex-atleta, segundo o documento obtido pela Rádio Itatiaia.
O valor será dividido em 36 parcelas iguais de R$ 78 mil, que serão pagas no dia 10 de cada mês, sendo que a primeira vencerá em 10 de junho de 2021.
No entanto, segundo o acordo, todo mês de janeiro o valor das parcelas será reajustado pelo INCC (Índice Nacional da Construção Civil) acumulado do ano anterior. A exceção será a parcela de janeiro de 2022, que será reajustada levando-se em conta o acumulado do índice a partir de junho de 2021.
Caso haja atraso no pagamento e o Atlético quitar após o último dia do mês de vencimento da parcela, haverá multa de 10% sobre o valor da parcela. Já a não quitação de três parcelas consecutivas acarretará no vencimento antecipado de todo o débito, além de multa de 30% sobre o saldo devedor.
Entenda o caso
Em abril deste ano, o Atlético foi condenado a pagar R$ 4,115 milhões ao ex-jogador em decisão de 1ª instância da Justiça do Trabalho. Na ação, Adilson pleiteava o recebimento de salários e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do período compreendido entre agosto e dezembro de 2019, além de cláusula compensatória correspondente aos vencimentos mensais devidos em todo ano de 2020, 13º salário de 2019 e férias integrais de 2018 e 2019, acrescidas de 1/3. A causa tinha valor total de R$ 11,6 milhões.
O acordo foi selado no dia 21 de maio, após longa reunião na sede de Lourdes entre o presidente Sérgio Coelho, o diretor jurídico Luiz Fernando Pimenta Ribeiro, o ex-atleta e seu procurador. Também participaram os assessores da Presidência do Atlético, Pedro Tavares e Marcio André.
Atlético e Adilson entraram em litígio na Justiça em janeiro de 2020 depois do anúncio de demissão do profissional, que passou a assumir cargo de auxiliar técnico em julho de 2019, após ter sido diagnosticado com problema cardíaco que o impedia de seguir a carreira de atleta.
De acordo com a defesa de Adilson, depois que o jogador se aposentou dos gramados, o Atlético deixou de pagar os salários (na carteira e o “direito de imagem”). O clube alvinegro também não teria depositado o FGTS do período.
Após Adilson se aposentar, o Atlético conduziu o ex-volante ao cargo de auxiliar técnico, função que exerceu de julho a dezembro de 2019. Depois da contratação do técnico Rafael Dudamel, que exigiu que viessem outros profissionais com ele, a diretoria alvinegra pediu para que Adilson não se apresentasse no dia 8 de janeiro na Cidade do Galo até que a situação dele fosse resolvida.
A defesa de Adilson questionou a decisão do Atlético de afastá-lo da comissão técnica alegando que o ex-jogador saiu “de forma vexatória e humilhante”.
Adilson vestiu a camisa do Atlético de março de 2017 a junho de 2019. No período, o ex-volante disputou 99 jogos, marcou dois gols e conquistou o título do Campeonato Mineiro de 2017.
Fonte: Itatiaia