Os líderes do G7 concordaram neste sábado (12/06) no lançamento de uma iniciativa, sob liderança dos EUA, para responder o avanço da China no financiamento de infraestrutura para as nações mais pobres e num novo acordo para combater futuras pandemias.
Os sete países mais industrializados do planeta concordaram no projeto “Build back better for the world” (reconstruir melhor para o mundo), visando “responder às tremendas necessidades de infraestrutura em países de renda média e baixa”.
O plano visa ser uma alternativa ao projeto chinês Nova Rota da Seda (One Belt, One Road), que pretende revitalizar a chamada Rota da Seda, modernizando a infraestrutura e as telecomunicações para melhorar a conectividade entre a Ásia e a Europa.
“Não se trata apenas de confrontar ou enfrentar a China”, disse um alto funcionário dos EUA. “Trata-se de fornecer uma visão alternativa afirmativa e positiva para o mundo.”
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, cujo país tem enormes investimentos na China, classificou o projeto de uma “iniciativa importante” que considera muito necessária na África, região pobre em infraestrutura. “Não podemos ficar sentados e dizer que a China vai fazê-lo, mas é a ambição do G7 ter uma agenda positiva para vários países do mundo que ainda estão atrasados”, afirmou.
“Momento histórico”
Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, saudou a assinatura, pelos líderes do G7, da “Declaração de Carbis Bay”, um acordo destinado a prevenir futuras pandemias, chamando-o de “momento histórico”.
“Com este acordo, as principais democracias do mundo se comprometerão a evitar que uma pandemia global ocorra novamente, para que a devastação causada pela covid-19 não se repita”, tuitou Johnson.
O G7, formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, publica formalmente o pacto neste domingo, junto com a declaração final da cúpula, contendo mais detalhes sobre a iniciativa “Build back better for the world”.
“Reinício” de laços
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, tiveram uma reunião bilateral neste sábado, na qual discutiram o estado das relações entre os dois países e com a União Europeia, agravadas pelas medidas unilaterais que o Reino Unido tem adotado na imposição de controles aduaneiros na Irlanda do Norte.
No decorrer da conversa, o francês se declarou disposto a “reiniciar” o vínculo com os britânicos, segundo fontes do governo da França.
Apesar disso, ele lembrou a Johnson que este novo começo vai depender de os “britânicos respeitarem a palavra dada aos europeus e o marco definido pelos acordos do Brexit”, acrescentaram as fontes.
Fonte: DW