A sala virtual também contou com as presenças do diretor-técnico do Sebrae/MG, João Cruz, Reis Filho; do diretor-presidente da Fiemg, Flávio Roscoe Nogueira; e do prefeito de Conceição do Mato Dentro e atual presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), José Fernando Aparecido de Oliveira. A moderação (mediação) do debate foi feita pelo presidente do Ibram, Flávio Ottoni Penido.
Durante a conversa, Marco Antônio Lage abordou a participação de Itabira como cidade-piloto no Projeto de Reconversão Produtiva em Territórios Mineradores, encabeçado pelo Sebrae, Ibram, Fiemg, Amig, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais (Sede/MG) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Por meio da iniciativa, as entidades buscam contribuir para a redução da dependência econômica de municípios mineiros em relação à atividade minerária.
Os participantes da conferência defenderam que a ponte para o desenvolvimento requer a boa governança em um projeto robusto de diversificação econômica. Para o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, é necessário construir uma governança que vá além dos governos e da mineração, com planejamento estratégico a médio e longo prazo. Outro tema importante debatido foi como reduzir o horizonte de longo prazo para a dependência econômica. Em Itabira, por exemplo, a Vale já anunciou que o fim da exploração do minério de ferro está marcado para 2031.
Marco Antônio Lage explicou que o governo municipal de Itabira já discute com a sociedade dois aspectos fundamentais para o momento pós-exaustão mineral: o envolvimento de toda a sociedade e o conhecimento para desenvolver, em curto prazo, a busca por alternativas econômicas.
“Estamos bastante felizes por ter essas instituições empenhadas na recondução econômica dos municípios mineradores após a atividade mineral, e mais feliz ainda por Itabira ter sido escolhida como cidade-piloto deste projeto. Nosso município vive o mesmo drama das outras cidades, como o medo do rompimento das barragens e a exaustão mineral, depois de 80 anos de extração em Itabira”, iniciou o prefeito.
Ainda segundo Marco Antônio, o grande desafio é definir a vocação econômica dos municípios. No entanto, Itabira trabalha seis principais eixos para a sustentabilidade e diversificação econômica. São eles: turismo (literário, ecológico e rural), agronegócio, educação (polo educacional em decorrência da Universidade Federal de Itajubá – Unifei – e diversos centros universitários existentes no município), medicina de alta complexidade (Itabira é polo na região do Médio Piracicaba, absorvendo em seus dois hospitais uma população de cerca de 450 mil pessoas), polo logístico e, ainda, a própria mineração (com o fim do minério de ferro, discute-se que a Vale pode beneficiar minerais na cidade).
“A atividade mineral é fundamental para todo o país, mas, principalmente para o estado de Minas Gerais. Por isso, pode deixar um grande legado para os municípios mineradores após seu fim. O protagonismo de uma governança local atuante é indispensável para o sucesso desse processo. Assim, toda a sociedade itabirana, incluindo instituições, gestão municipal e vereança, está empenhada em desenvolver o legado que será deixado após a mineração”, concluiu Marco Antônio Lage.
Fonte: Prefeitura Municipal De Itabira