Dois dias após o empate sem gols com o Boca Juniors, na Bombonera, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, o Atlético externou a insatisfação pela forma como a delegação foi recebida pelos argentinos no aeroporto de Buenos Aires e pelo clube xeneize no estádio. O presidente alvinegro, Sérgio Coelho, detalhou os problemas enfrentados pelo Galo no país vizinho e prometeu que haverá troco na mesma moeda no duelo da volta, na próxima terça-feira, no Mineirão.
Em entrevista à TV Galo, primeiramente, Sérgio Coelho explicou como foi o desembarque na Argentina. “Foi uma decepção total. Começando pela chegada ao aeroporto. Chegamos quase meia-noite e fizeram com que todos os membros da nossa delegação fossem testados para covid-19, sendo que todos nós já havíamos sido testados no próprio domingo, dia da viagem, e estávamos com os testes negativos. Ficamos duas horas esperando sair o resultado, de madrugada e muito frio na Argentina. Quando chegamos ao hotel já era próximo de 3h da manhã”, contou.
Já no dia da partida, o presidente atleticano relatou como foi a experiência no estádio La Bombonera. Sérgio Coelho reclamou da postura da comissão técnica do Boca, principalmente do treinador Miguel Ángel Russo.
“Não fomos recebidos como era o esperado, e como é de costume. A começar pela comissão técnica do Boca que pressionou insistentemente durante todo o jogo o nosso treinador Cuca, inclusive com ofensas morais. Eles fizeram pressão do início ao fim do jogo, inclusive com a participação do treinador do Boca Juniors”, alegou.
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Segundo o mandatário alvinegro, integrantes da diretoria ficaram em um canto distante do estádio, onde não podia se assistir à partida confortavelmente. “Nos colocaram em um canto do estádio com uma visibilidade horrível, sendo que todos os outros pontos do estádio estavam vazios porque não tinha torcida, obviamente. Mas nós ficamos lá no canto a Deus dará”, reclamou.
Ao fim da partida, Sérgio Coelho contou outro problema, desta vez com supostos seguranças do Boca Juniors. “Nós da diretoria estávamos saindo (do estádio), mas a segurança do Boca Juniors impediu a nossa saída. Ficamos 40 minutos em um corredor com uma corrente de vento, muito frio, sem podermos dar continuidade à nossa saída. Não entendemos o motivo, uma vez que o estádio não tinha torcedor. A não ser que fosse por causa da própria comissão técnica ou os membros do Boca que viessem a nos agredir. Eu não compreendi porquê dessa segurança”, questionou.
No retorno ao Brasil mais problemas no aeroporto. “Chegamos ao aeroporto e fomos para a sala de embarque internacional. Ficamos parados esperando por um bom tempo. Depois veio a notícia de que não era naquele lugar. Entramos todos no ônibus novamente e viajamos mais uns 10 minutos para ir a outro embarque. Nos deixaram dentro do ônibus meia hora esperando para depois liberar o nosso embarque. Certamente, ficamos próximo de duas horas nesse vai e vem pra embarcar. Mais uma recepção que a gente não esperava deles”, lamentou.
Por fim, Sérgio Coelho prometeu um tratamento igual ao que o Atlético teve na Argentina para a delegação do Boca Juniors no confronto da volta em Belo Horizonte, na próxima terça-feira, às 19h15, no Mineirão. “Eles serão recepcionados da mesma forma que nos receberam. Exatamente igual”, finalizou.
Com o empate na Argentina, o Atlético precisará vencer por qualquer placar para avançar às quartas de final da Libertadores. Só a vitória interessa ao Galo porque, como há o gol qualificado fora de casa na Libertadores, empate com gols em Belo Horizonte classificará o Boca Juniors. Nova igualdade por 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis.
Fonte: Itatiaia