Após denúncia anônima, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) localizou, na manhã dessa terça-feira (31/8), em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, o corpo que pode ser de um homem, 55 anos, que estava desaparecido desde o dia 11 do último mês.
O corpo dele foi encontrado esquartejado e concretado na casa em que morava, no bairro Florença. Na ocasião, a companheira da vítima, de 62 anos, foi presa em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver.
De acordo com o delegado Fabio Werneck, titular da Delegacia Especializada de Homicídios em Ribeirão das Neves, a polícia investiga a hipótese de a mulher ter matado o companheiro para se apossar de um empréstimo, no valor de R$ 8 mil, feito pelo homem para pagar o tratamento de câncer de próstata.
A suspeita, que nega o crime, foi encaminhada para a delegacia e, posteriormente, ao sistema prisional. As investigações prosseguem para esclarecimento total dos fatos.
Localização do corpo
Diante da denúncia sobre a ocultação de um corpo na casa, policiais civis foram até o local, onde foram recebidos pela suspeita. “A investigada foi receptiva. Parece que ela não contava que o local onde o corpo foi enterrado seria descoberto”, ressalta Fábio.
Ao entrar na casa, a equipe percebeu no quintal uma pequena área retangular recém concretada. Os policiais então escavaram o local, mas não encontraram nada. Já no interior do imóvel, de apenas três cômodos, uma investigadora notou algo que chamou a atenção. “Sob uma mesa, entre a pia e a geladeira da cozinha, havia um pequeno retângulo de concreto fino e recente, com pintura destoante do resto do piso, estufado e trincado”, detalha o delegado. Com auxílio da perícia técnica da PCMG e do Corpo de Bombeiro Militar, os policiais encontraram um saco preto e, dentro dele, um corpo esquartejado.
Histórico criminal
Por meio de levantamentos, a polícia teve acesso a uma ocorrência, registrada em 2012, quando a vítima relatou que a mulher teria colocado soda cáustica em uma garrafa de água, guardada dentro da geladeira. Após ingerir o líquido, o homem precisou de atendimento médico. À época dos fatos, a mulher foi presa pelo crime, mas retornou para casa dias depois.
“De lá pra cá, esse convívio foi bem tumultuado. Há relatos de ameaças, de separação de corpos – já que os dois não dormiam mais na mesma cama, e vizinhos informaram que a investigada não gostava da vítima”, conta Fábio.
Fonte: ACOM-PCMG