Um soldado da Polícia Militar (PM) foi detido no interior do Big Shopping, em Contagem, nesta sexta-feira (29), suspeito de participar de um furto milionário a uma joalheria – o crime ocorreu em setembro, no bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte, e à época foram levados entre R$ 3 milhões e R$ 7 milhões em joias. O militar foi detido por receptação.
À hora do flagrante, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) encontrou o suspeito tentando revender cerca de duzentos gramas de ouro – o material seria proveniente do furto cometido.
Segundo investigações da Delegacia Especializada de Investigação de Crimes conta o Patrimônio (Depatri), o furto foi elaborado com muito cuidado pelos criminosos, que sabiam exatamente a localização das joias. À polícia, o militar negou participação no crime e alegou que recebeu o ouro de uma pessoa no bairro Parque São João para revender.
Entretanto, ele não explicou quem seria o proprietário da joia, bem como não esclareceu como entregaria o dinheiro da venda à pessoa que teria entregado as joias a ele.
Conhecido do proprietário da joalheria, o militar detido teria conhecimento sobre a estrutura da loja – o que aumenta as suspeitas de que ele estaria envolvido no furto. A ocorrência está sob investigação no Depatri. O suspeito foi autuado pelo crime de receptação e solto após pagar fiança de cerca de R$ 27 mil.
Detalhes
Nessa quinta, a Polícia Civil acionou a Polícia Militar informando sobre a prisão do soldado. A informação era de que o suspeito teria recebido joias furtadas, que, posteriormente, seriam revendidas.
De acordo a capitão Layla Brunella, da Sala de Imprensa da corporação, o delegado responsável entendeu o crime como receptação. Diante disso, foi lavrado flagrante e arbitrada fiança pela Polícia Judiciária.
“Qualquer situação da possibilidade de envolvimento de qualquer policial militar com qualquer crime, independentemente da natureza ou situação, é sempre lamentável e levado com muito rigor pela instituição”, explicou a capitão.
Para investigar o caso, um procedimento administrativo foi instaurado pela PM. O objetivo é descobrir qual o tipo de envolvimento do policial e, caso necessário, tomar medidas como transferência e “o impedimento inicial de que ele trabalhe nas ruas”.
A capitão destacou que o policial não tem problemas disciplinares, investigações internas ou notícias de envolvimento com qualquer delito ao registrado em data anterior.
O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).
Fonte: Itatiaia