A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou, na noite desta quinta-feira (04), que foram identificados mais três corpos dos 26 mortos durante operação contra uma quadrilha especializada em assalto a bancos, em Varginha, no Sul de Minas. Com isso, sobe para 25 o número de corpos já identificados.
Com as identificações recém-obtidas, resta apenas um corpo com a identidade desconhecida. Os corpos foram trazidos de Varginha ainda no último domingo (31) para Belo Horizonte, onde são periciados e examinados pelas perícias da Civil e da Polícia Federal (PF), no Instituto Médico Legal (IML) Dr. André Roquette.
De acordo com a Polícia Civil, o método de identificação foi a análise de digitais. Os exames datiloscópicos foram realizados pelo Instituto de Identificação da PCMG (16 laudos) e pela Polícia Federal (11) – havendo a emissão de parecer técnico das duas instituições. Os trabalhos de identificação dos suspeitos mortos já duram cinco dias.
Ainda conforme a PC, todos os corpos já foram entregues aos familiares. Até o momento, dos 25 corpos identificados a maioria é natural de Minas Gerais (são quatro de Uberaba e oito de Uberlândia). Veja a lista completa abaixo.
Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG);
Daniel Antonio de Freitas Oliveira, 35 anos, Uberlândia (MG);
Darlan Luiz dos Santos Brelaz, 41 anos, Goiânia (GO);
Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO);
Eduardo Pereira Alves, 42 anos, Brasília (DF);
Evando José Pimenta Junior, 37 anos, Uberlândia (MG);
Francinaldo Araújo da Silva, 44 anos, Eugênio Barros (MA);
Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO);
Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG);
Giuliano Silva Lopes, 32 anos, Uberlândia (MG);
Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG);
Isaque Xavier Ribeiro, 37 anos, Gama (DF);
Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG);
José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA);
José Rodrigo Dama Alves, 33 anos, Uberlândia (MG);
Julio Cesar de Lira, 36 anos, Santos (SP);
Luiz André Felisbino, 44 anos, Ipameri (GO);
Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM);
Pietro Henrique Silva da Fonseca, 20 anos, Uberlândia;
Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG);
Ricardo Gomes de Freitas, 34 anos, Uberlândia (MG);
Romerito Araujo Martins, 35 anos, Goiânia (GO);
Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG);
Welington dos Santos Silva, 31 anos, Parauapebas (PA);
Zaqueu Xavier Ribeiro, 40 anos, Goiânia (GO).
Em nota publicada na noite de quinta-feira, a Polícia Civil esclarece ainda que, além do serviço de identificação dos corpos, está em curso também a investigação de fatos e circunstâncias para possíveis correlações com outros eventos.
Relembre
Uma quadrilha do novo cangaço entrou em confronto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM) no último domingo (31). A ação ocorreu em dois sítios nos arredores de Varginha, no Sul de Minas, e deixou 26 bandidos mortos.
Conforme a PM, esta é a maior operação realizada contra o novo cangaço na história do Brasil. Os criminosos estavam fortemente armados com pelo menos dez fuzis, uma escopeta calibre 12 e vários explosivos. Dentre as armas, os bandidos possuíam metralhadoras ponto 50, capazes de derrubar até aeronaves.
O que é novo cangaço?
Usada para designar quadrilhas especializadas em grandes assaltos a bancos, a expressão “novo cangaço” foi cunhada há cerca de três décadas no Brasil. Bandos são responsáveis por crimes de grande repercussão, como o assalto à unidade do Banco do Brasil em Araçatuba, em São Paulo, onde os suspeitos pretendiam R$ 90 milhões e impactaram o país com imagens de populares usados como escudos-humanos.
Em Minas Gerais, bem como em outras regiões do país, os suspeitos não chegam às cidades sem estar munidos com forte armamento – como metralhadoras de alto calibre capazes de derrubar aeronaves, fuzis e pistolas; alguns utilizam também carros blindados, e coletes balísticos são itens indispensáveis para esses criminosos. As ações do novo cangaço são marcadas por extrema violência.
Fonte: Itataia