A Polícia Militar de Meio Ambiente atendeu, nessa sexta-feira (12), uma ocorrência de maus tratos contra um animal equino que foi abandonado em uma via pública do município de Unaí, no Noroeste de Minas. O animal estava caído em uma rua e com sinais de “desnutrição extrema”.
Segundo a polícia, quando os militares chegaram a égua estava caída à margem da rua rio preto, com visíveis sinais de desnutrição extrema. O animal ainda estava vivo, mas com poucos movimentos, respiração ofegante e coberto por moscas.
Uma denúncia anônima informou que o animal pertenceria a um garoto, funcionário de um haras localizado na região. Segundo o denunciante, o garoto possuía outros animais sob seus cuidados.
Diante das informações, os policiais foram à casa dele e recebidos pela mãe do garoto. A mulher informou aos militares que seus filhos, todos menores, possuíam cavalos, que o mais velho, de 16 anos de idade, trabalha como tratador de animais em um haras e que todos os animais que eles têm, foram ganhados. Ao ver a foto da égua abandonada, a mãe disse que aquele animal não pertencia a nenhum de seus filhos, não sabendo indicar quem poderia ser o proprietário.
Na residência a PM encontrou ainda um cavalo, com sinais de desnutrição, em uma área de 300 m², com disposição de água e capim picado. Um veterinário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) foi ao local e examinou o cavalo, sendo constatado por ele que o animal estava possivelmente com anemia, sendo necessário um exame de sangue para confirmação.
O especialista passou algumas recomendações e prescrições, sendo marcado retorno para reavaliação da saúde do animal, no prazo de 60 dias.
Durante conversa, os militares mostraram a foto da égua também ao adolescente. Ele então informou que não era dono do animal e que havia visto o animal caído quando saía do trabalho na quinta-feira (11).
Devido a situação do animal ser irreversível, foi necessário realizar eutanásia para evitar mais sofrimento ao animal. O procedimento foi realizado pelo médico veterinário do IMA. O corpo do animal foi removido pela secretaria municipal de obras e encaminhado ao aterro controlado onde foi enterrado em uma vala.
Conforme a PM, por não haver testemunha que comprovasse a autoria do crime ou a propriedade do animal, não foi imputado ao menor ou aos seus responsáveis o crime de maus tratos.
Fonte: Itataia