Newton Baiandeira, o músico que cantou Itabira por um longo período, completaria 70 anos, nesta quinta-feira (6/01). Em homenagem ao cantor e compositor que carregou a cidade nas músicas e no coração, a Prefeitura de Itabira, por meio da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), realiza uma pesquisa sobre a vida e a obra do artista dentro do Núcleo de Acervo e Pesquisa. A ação é um reconhecimento ao talento do homem múltiplo, que além de cantor e compositor, também era artista plástico, poeta e colunista.
“Este núcleo de pesquisa busca entender a história de Itabira e suas personalidades, principalmente no viés cultural. Estamos fazendo diversas pesquisas sobre as personalidades da cidade e o Newton Baiandeira é muito importante para este meio. Iremos disponibilizar esses dados, posteriormente, à população”, relata Marcos Alcântara, superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade.
Ainda de acordo com Marcos Alcântara a celebração do aniversário de nascimento do músico Newton Baiandeira tem um significado especial, pois o artista cantou em diversos palcos e sempre levava o nome de Itabira. “É um reconhecimento a pessoas que fizeram parte da história da cidade. O Newton foi um cara que tinha uma defesa enorme sobre as questões sociais, econômicas, meio ambiente e política. A todo momento falava de Itabira, como se a cidade fosse dele. Tinha um sentimento de pertencimento com Itabira, mesmo não tendo nascido aqui”, completa o superintendente da FCCDA
Quem foi Newton Baiandeira?
Newton Reis Rocha, o Newton Baiandeira, nasceu em Acesita (hoje Timóteo), no dia 6 de janeiro de 1952. Começou a carreira musical aos 8 anos, cantando em bares, aniversários e em todos os lugares que era chamado.
Em 1958 se mudou com a família para Itabira. O artista possuía múltiplos talentos como cantor, compositor, poeta, colunista e artista plástico. A escolha da carreira musical aconteceu na infância, quando recebeu a primeira remuneração ao cantar para um senhor na rua.
Ao longo dos seus 52 anos de carreira venceu vários festivais, compôs mais de cinco mil canções, entre elas, o hino do Valeriodoce, seu time de coração, e o grande sucesso “O trem que leva Minas”.
Newton Baiandeira também foi colunista no jornal Diário de Itabira, onde colocava sua opinão social, artística e política uma vez por semana, durante 7 anos. Fez apresentações no exterior, morou em São Paulo e Rio de Janeiro, mas sempre retornava para Itabira, cidade que tinha uma relação declarada de afeto. Até que em 13 de setembro de 2011 o artista faleceu, mas deixou um legado para todos os itabiranos e principalmente, para os artistas da terra.