A Regional de Saúde de Itabira, através da sua Coordenação de Vigilância em Saúde e do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, realizou hoje, 12/01, uma reunião técnica sobre Arboviroses direcionada aos coordenadores e referências técnicas em vigilância epidemiológica dos 24 municípios que compõe as microrregiões de saúde de Guanhães, Itabira e João Monlevade.
De acordo com Marcelo Barbosa Motta, Coordenador de Vigilância Epidemiológica da Regional de Itabira, o objetivo do encontro foi orientar os municípios para realização de monitoramento de casos de Arboviroses (Dengue, Zica, Chikungunya e febre amarela) utilizando a ferramenta do diagrama de controle e desencadear ações de controle diante de cenários de risco.
“Além de discutir o cenário epidemiológico e as perspectivas para conter as doenças na região, abordamos a importância do plano de contingência no controle das Arboviroses, alertando para uma possível situação de epidemia em 2022”, reforçou Marcelo.
Ainda de acordo com o coordenador de Vigilância Epidemiológica, o plano tem o objetivo de organizar e desenvolver ações e serviços em saúde, além de complementar as ações municipais para o enfrentamento de possíveis epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes, de acordo com o cenário de risco epidemiológico de cada município.
“A proposta do plano é promover saúde e prevenir doenças, a partir da estratégia de ações integradas e coordenadas entre vários eixos temáticos (gestão, vigilância, assistência, controle vetorial, comunicação e mobilização social) para uma resposta com maior efetividade no enfrentamento e mitigação das principais doenças causadas por Arbovírus”, finalizou Marcelo.
Durante a reunião, a referência técnica em Vigilância Epidemiológica, Camila Caetano Bispo Subtil, destacou a necessidade de fortalecimento das ações de enfrentamento a febre amarela, da vigilância de epizootias e da imunização contra febre amarela na região.
“A vacina é uma importe meio de prevenção e controle da febre amarela. É uma vacina segura e considerada a medida mais eficaz para evitar casos graves e mortes pela doença. Depois de imunizado, você está protegido por toda vida. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta vacina contra febre amarela para a população”, pontuo Camila.
A reunião contou também com a participação da referência técnica em controle vetorial e serviço de campo da Regional de Saúde de Itabira, Antônio Carlos Rodrigues.
Arboviroses
São as doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. Estas doenças são transmitidas por artrópodes, dentre eles, o mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue, Zika vírus e febre chikungunya. O inseto se reproduz em ambientes com água parada, por isso é sempre motivo de preocupação em período de chuvas.
Já a Febre Amarela, o vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. Já nas áreas urbanas, o vetor do vírus também é o Aedes aegypti.
Algumas ações podem evitar a proliferação do mosquito, como manter baldes, potes, quartinhas, bacias, tambores e caixa d’água limpos e vedados corretamente. Mas, em caso de contágio, é preciso ficar atento. Segundo o especialista, os sintomas são semelhantes a outras Arboviroses e doenças hemorrágicas podendo ser facilmente confundidos caso a vigilância não esteja ativa.
O que é Epizootias
É um conceito utilizado na saúde pública veterinária para qualificar a ocorrência de um determinado evento em um número de animais ao mesmo tempo e na mesma região, podendo levar ou não à morte do mesmo.
A vigilância em epizootias, mais especificamente em Primatas Não-Humanos, tem como objetivo a prevenção em casos humanos, por meio da identificação precoce da circulação viral na população de macacos mortos ou doentes.