A concessionária responsável pelo ônibus que tombou e deixou 29 pessoas feridas na avenida Vilarinho, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, terá 24 horas para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido e apresentar laudos de regularidade do veículo. O acidente com o ônibus da linha 524 Metropolitano, do Move, que liga Ribeirão das Neves a Belo Horizonte, ocorreu na manhã desta quinta-feira (20).
Quem fez o pedido foi a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), que explicou ainda que um procedimento administrativo de punição contratual, caso comprovado dolo ou culpa, será aberto contra a concessionária.
Em nota, a Seinfra destacou que o “Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), órgão responsável pela fiscalização das linhas metropolitanas, irá instaurar procedimento administrativo punitivo e exigirá da empresa esclarecimentos sobre a situação de manutenção da frota em operação”. Paralelamente, a fiscalização do departamento irá realizar vistoria completa na linha.
A pasta esclareceu também que a partir do dia 1º de fevereiro o transporte metropolitano atenderá em esquema padrão como ocorria antes da pandemia da Covid-19. “Ou seja, as empresas não circularão mais com horários reduzidos em nenhum dos itinerários”, concluiu.
Também em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) disse que todos os ônibus do Move Metropolitano são de 2014, data em que os veículos começaram a circular.
“O acidente ocorrido nesta manhã foi uma eventualidade e suas causas estão sendo investigado pelas autoridades competentes. Reforçamos que o ônibus é um dos modais mais seguros, fato comprovado pelo baixíssimo índice de acidentes envolvendo este meio de transporte”, continuou.
Além disso, garantiu que o ônibus acidentado possui manutenção e documentação em dia, seguindo todos os protocolos do órgão gestor. “Sobre a quantidade de passageiros no veículo, ainda não é possível afirmar o número de pessoas que estavam a bordo no momento do acidente”, afirmou.
“Cabe lembrar que o motorista não pode impedir a entrada dos passageiros, que muitas vezes preferem não aguardar para embarcar em um próximo ônibus, o que pode causar uma lotação atípica em alguns carros. A concessionária responsável reforça que segue colaborando com a investigação e prestará toda a assistência necessária às vítimas”, finalizou o sindicato.
Fonte: Rádio Itatiaia