Com vasta experiência no futebol europeu, onde estava desde 2007, o zagueiro Diego Godín voltou à América do Sul após quase 15 anos e sonha com um título que ainda não tem na carreira: a Copa Libertadores. Novo reforço do Atlético, o uruguaio de 35 anos disse que tem o desejo de conquistar a América pela primeira vez, mas frisou a necessidade de o Galo focar primeiramente em estar bem no que chamou de torneios locais: o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
“Eu gostaria muito de ganhar a Libertadores, creio que a todos. É o título mais desejado do continente. Mas quero fazer uma reflexão sobre isso, porque para mim, em todos os meus anos de carreira, o mais importante é o campeonato local. O que eu quero dizer com isso? Tem que estar muito bem nos campeonatos locais, a Copa do Brasil e o Brasileirão. Não perder de vista é importante. São eles que te mantém vivo, que te dá energia e estímulo para competir na Libertadores”, disse Godín durante entrevista de apresentação na Cidade do Galo.
Para sustentar sua tese, Godín deu como exemplo o próprio Atlético, que em 2021 veio forte nas duas competições nacionais – tanto que foi campeão das duas – e chegou às semifinais da Libertadores sendo eliminado sem perder nenhuma partida no torneio. A queda para o Palmeiras veio no gol qualificado fora de casa (0 a 0 em São Paulo e 1 a 1 em Belo Horizonte), critério que foi abolido pela Conmebol para este ano.
“No ano passado foi assim. O Atlético foi muito bem no Brasileirão e na Copa do Brasil e chegou às semifinais da Libertadores. Por detalhes não foi à final. Então, é o Brasileirão e a Copa do Brasil que dão a força para a equipe. Não podemos centrar apenas nisso [a Libertadores]”, ressaltou.
“É o desejo de todos os torcedores, de nós jogadores e meu, particularmente. Mas temos que prestar atenção no dia a dia no Brasileirão e na Copa do Brasil”, acrescentou.
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Três vezes campeão da Supercopa da Uefa (2010, 2012 e 2018), dois títulos da Liga Europa (2011/2012 e 2017/2018), e uma taça do Campeonato Espanhol (2013/2014), da Copa do Rei (2012/2013) e da Supercopa da Espanha (2014), todos conquistados pelo Atlético de Madrid, Godín ainda acumula um troféu pela Seleção Uruguaia: a Copa América de 2011.
No início da carreira como profissional, o zagueiro defendeu dois clubes no Uruguai: o Cerro (2003 a julho de 2006) e o Nacional (julho de 2006 a julho de 2007). Contudo, não conquistou nenhum título até ser vendido ao Villarreal-ESP. Desta forma, no Atlético, Godín terá a chance de ser campeão da Libertadores pela primeira vez, mas também levantar o primeiro troféu atuando por um clube na América do Sul.
O Atlético será um dos cabeças de chave da fase de grupos da Libertadores 2022, prevista para começar na semana do dia 6 de abril. O sorteio que definirá os adversários do Galo no torneio está marcado para 23 de março, após a conclusão das fases preliminares.
Fonte: Rádio Itatiaia