A venda de 49,9% do Diamond Mall, que ainda pertencem ao Atlético, é dada como certeira. Os valores seriam usados para quitar a dívida do clube, que ultrapassa R$ 1 bilhão. As explicações sobre as atual situação financeira do Galo, e como equacioná-las, foram dadas nesta sexta-feira (15) por Rafael Menin, vice-presidente do Conselho Deliberativo do Galo, um dos mecenas que contribuem com o clube.
Segundo ele, para que o clube consiga sair do sufoco, não “teria outro jeito” a não ser vender o shopping. E a conta não é difícil de ser feita, na explicação de Rafael Menin.
“O Galo passará a ter 49% da receita em 2030. Essa receita vai ser de aproximadamente, lá em 2030, de R$ 30 milhões por ano. Hoje ela é de aproximadamente R$ 8 milhões. De 2022 a 2030, nesses oito anos, se a gente imaginar esses R$ 400 milhões, a um juros de 12% ao ano, isso dá R$ 500 milhões. Os juros, além de matarem o clube nos próximos anos, dessa parcela não quitada da divida, eles são maiores do que o Galo receberá em 2030. Matematicamente, vou ser muito franco aqui, ter o Diamond Mall não faz sentido algum”, explicou um dos 4Rs do clube alvinegro em entrevista ao canal Fala Galo.
Rafael Menin ainda afirmou que não faria sentido “vender o shopping para comprar um camisa 9”, por exemplo. “Um negócio que de juros custa R$ 50 milhões ao ano. E hoje ele rende R$ 6 milhões a R$ 7 milhões. Lá na frente vai render R$ 30 milhões, daqui a oito anos. Se colocar os juros em oito anos, dá 1.3 o valor do ativo. Não tem muita conta. É muito simples. Agora, o dinheiro tem que ser bem usado”, completou.
Ele também falou sobre a opção de o Galo formar um elenco vencedor e caro, com jogadores de renome, do que adotar, por exemplo, um modelo mais enxuto, como outros clubes fizeram. A linha adotada pelo clube, nesse sentido, foi mais “agressiva” e “inteligente”. Na mesma entrevista, Rafael Menin também explicou sobre eventual parceria do clube com o grupo City.
Rafael Menin também detalhou a valorização conquistada pelo clube com avenda dos primeiros 50,1% do Diamond Mall por R$ 250 milhões.
“Vamos usar nosso ativo mais valioso primeiro para fazer uma arena (MRV). Vendemos por R$ 250 milhões, e hoje ela vale R$ 900 milhões. Então, transformou-se R$ 250 milhões em R$ 900 milhões. Então, espera-se agora, a segunda parte para, primeiro, renegociação da dívida e juros futuros e transformar isso em algo que vale muito mais do que os 50%. Então, não tem muito o que fazer, são esses dois caminhos”, finalizou.
Fonte: O TEMPO