A Justiça Federal ainda não conseguiu intimar a Taquaril Mineração S.A (Tamisa) no processo em que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) tenta suspender um projeto que pretende retirar 31 milhões de toneladas de minério de ferro da Serra do Curral nos próximos anos.
No processo que corre na 22ª Vara Federal, a oficial de Justiça informou ao juiz que não conseguiu localizar um representante da empresa no endereço da firma, em Nova Lima, na Grande BH.
“Constatei tratar-se de imóvel fechado, sendo informada pela Sra. Merli Nunes, porteira do edifício , que desde o início da pandemia de Covid-19, não tem visto funcionários da empresa no local”, diz trecho do ofício da servidora que foi anexado ao processo.
O endereço da empresa, na Alameda Oscar Niemeyer, 891, no bairro Vila da Serra, é o mesmo que consta no site da Tamisa. Nessa quinta-feira (5), um representante da empresam Leandro Amorim, compareceu a uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde afirmou que a sociedade estava mal informada.
A Prefeitura de Belo Horizonte se manifestou ao juízo.
“Causa estranheza à Procuradoria-Geral do Município que, mesmo antes da pretendida atividade de mineração se iniciar, a TAQUARIL MINERAÇÃO S/A (TAMISA) já esteja adotando postura pouco colaborativa de dificultar o recebimento de intimações da Justiça”, afirma no processo.
Nesta semana, a Justiça Federal deu dez dias para que a Tamisa, o Governo do Estado e o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) se manifestem sobre o processo de mineração em um dos principais cartões-postais de Belo Horizonte da região metropolitana.
Fonte: Rádio Itatiaia