Os cerca de oito mil torcedores que segundo os cálculos de policiais militares que trabalhavam no Mineirão nos 2 a 1 do Cruzeiro sobre o Sport, na última terça-feira (28), entraram no estádio sem pagar, representariam um valor próximo a R$ 230 mil na renda bruta da partida usando como base o tíquete médio em cima dos pagantes no confronto.
Naquela noite, o público total no Gigante da Pampulha foi de 39.032 pessoas, mas os pagantes foram 34.909. Como a renda bruta chegou a R$ 1.008.670,50, o preço médio do ingresso foi de R$ 28,89.
Esses R$ 28,89 multiplicados por oito mil dão R$ 231.120,00. Ainda com base no boletim financeiro da partida, seriam cerca de R$ 120 mil a mais líquido.
Na última sexta-feira (1), nos 2 a 0 sobre o Vila Nova-GO, mais uma vez entraram muitos torcedores sem pagar no Mineirão.
Essa situação é provocada por um golpe aplicado por torcedores que se aproveitam do fato de os ingressos serem virtuais, no formato PDF, o que provoca duas situações: o compartilhamento de uma entrada entre várias pessoas ou até mesmo a falsificação do documento usando bilhetes de jogos passados com os dados trocados.
No caso do ingresso do jogo compartilhado, a catraca só lê o primeiro que passar pelo sistema. Os outros não são reconhecidos e isso provoca aglomeração na entrada. O bilhete falsificado também não é reconhecido e provoca a mesma situação.
Com o tumulto e o início da partida próximo, acontece a pressão dos torcedores e, por segurança, acontece a liberação das catracas, passando por ela pessoas que têm ingresso para a partida, mas nem precisam mostrar, e também aqueles que carregam bilhetes compartilhados ou adulterados.
Como esse tipo de situação acontece em todos os jogos do Cruzeiro no Gigante da Pampulha com bons públicos, o prejuízo aos cofres do clube é considerável com o que ele está deixando de arrecadar com a invasão de público.
Fonte: Rádio Itatiaia