O policial militar que atirou e matou um homem durante uma abordagem na Vila Barraginha, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, no último sábado (14), é alvo de dois inquéritos por suposto cometimento de crimes dolosos contra a vida durante a atuação profissional. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG) nesta quarta-feira (20).
Os crimes dolosos contra a vida são: homicídio, auxílio a suicídio, infanticídio, entre outros. De acordo com o TJMMG, os dois procedimentos instaurados contra o PM foram remetidos à Justiça comum, “dada a incompetência legal desta Justiça Militar para este tipo de julgamento”. A Justiça Militar, porém, não especificou quais seriam esses crimes dolosos contra a vida supostamente cometidos pelo agente.
Ainda conforme o tribunal, além desses dois inquéritos, o agente da Vila Barraginha foi alvo de outros procedimentos instaurados, sendo que esses últimos “foram todos arquivados com manifestação do Ministério Público (de Minas Gerais) e observância do devido processo legal”. O tribunal também não explicou quais são eles.
A reportagem procurou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para obter informações sobre os dois crimes dolosos contra a vida, supostamente cometidos pelo agente, e aguarda retorno.
O caso
O homem, que seria o responsável pelo tráfico de drogas na Vila Barraginha, foi morto por um policial militar durante uma ação da corporação na noite de sábado (16). A Polícia Militar (PM) alega que foi acionada para a região com o intuito de apurar disparos de arma de fogo que estariam sendo feitos durante uma festa julina.
A denúncia, conforme a PM, indicava que um homem conhecido como “Marquinhos”, que seria o chefe do tráfico na região, estaria com uma arma e ameaçando os participantes da festa. O homem estaria se envolvendo em brigas. Quando chegaram ao local, os policiais se depararam com o homem de 29 anos que, ao avistar os militares, teria ido para cima dos agentes.
De acordo com a PM, Marquinhos não obedeceu às advertências verbais e teria tentado tomar a arma de um dos sargentos que atendia a ocorrência. O militar, no entanto, reagiu e atirou três vezes contra o homem.
Fonte: O Tempo