Três promotores de Justiça foram designados para apurar a morte do motorista de caminhão reboque morto por um delegado na terça-feira (26). A informação foi divulgada pelo pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta quinta-feira (28).
Mais cedo, o MPMG já havia informado que havia aberto um procedimento para acompanhar o caso.
A defesa da família pedirá a reconstituição dos fatos que resultaram na morte do motorista. Conforme o advogado da família, Raphael Nobre, a defesa quer revisão das provas.
O defensor também pedirá vista (acesso para leitura) da oitiva feita com o delegado e os laudos periciais na corregedoria da Polícia Civil, para apresentar ao MPMG e pedir a prisão preventiva do agente.
Além dessas medidas, o advogado vai entrar com uma ação cível contra o Estado pedindo pensão para a esposa e filhas de Anderson.
Relembre o caso
O motorista de reboque Anderson Cândido de Melo, de 48 anos, foi morto com um trio no pescoço, na última terça (26), por um delegado do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico da Polícia Civil (Denarc). O crime ocorreu na avenida do Contorno, próximo ao viaduto Oeste, região Central de Belo Horizonte.
Conforme informações do Boletim de Ocorrência, o delegado disse que atirou contra o motorista após ter sido fechado pelo caminhão reboque.
O policial teria atravessado a viatura na frente do reboque da vítima e efetuado um único disparo, que atingiu o pescoço do motorista.
A vítima chegou a ser socorrida no hospital de Pronto-Socorro João XXIII dentro de uma viatura do Denarc, passou por procedimento cirúrgico, mas não resistiu e morreu.
O corpo de Anderson foi enterrado nesta quinta em Igarapé, na Região Metropolitana de BH.
* POR HOJE EM DIA