Estudo liderado pelas pesquisadoras Natália Machado e Viviane Boaventura, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia, descobriu uma associação entre pré-diabéticos e o agravamento da Covid-19. Segundo os cientistas, níveis altos de citocina interleucina-6 (IL-6), um biomarcador da inflamação causada pelo Diabetes mellitus, pode levar a casos graves da infecção causada pelo coronavírus.
A pesquisa, publicada em julho na revista científica Frontiers in Endocrinology, também constatou que esses pacientes não apresentaram sequelas importantes após três meses de recuperação da Covid.
No estudo foram comparados biomarcadores sanguíneos de pacientes com pré-diabetes e sem durante a fase mais grave da infecção por coronavírus e três meses após a hospitalização. Segundo os resultados, pré-diabéticos passaram mais tempo no hospital: ficaram em média de 15 dias, enquanto os pacientes sem diabetes precisaram de oito dias de internação.
Indivíduos com pré-Diabetes mellitus que necessitaram de cuidados intensivos chegaram a 78% dos casos, em comparação com 56% dos pacientes sem a condição que estavam nas mesmas condições. Além disso, pré-diabéticos também apresentaram maior grau de lesão pulmonar.
Também foi investigado os impactos da Covid-19 em pacientes pré-diabéticos após três meses da recuperação. Por meio de exame da qualidade de vida e de sintomas residuais, feitos 90 dias após a fase aguda da doença, não foram constatadas diferenças significativas nos parâmetros laboratoriais, nem grandes mudanças nos sintomas residuais entre pacientes com e sem pré-diabetes.
Com Agência Fiocruz