O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido de habeas corpus do delegado Rafael de Souza Horácio, que atirou e matou o motorista Anderson Cândido de Melo, no dia 26 de julho, no Viaduto Oeste, no Complexo da Lagoinha, na região central de Belo Horizonte, após uma briga de trânsito.
Com a decisão, o delegado segue preso preventivamente. Rafael de Souza Horácio foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por homicídio qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
“Ao pedir a prisão preventiva do delegado, o MPMG defendeu a necessidade da medida para garantia da instrução criminal e preservação da ordem pública. Ao deferir o pedido e converter a prisão do acusado de temporária em preventiva, a Justiça considerou que as condições pessoais do investigado e a gravidade concreta do delito recomendam a manutenção da prisão cautelar”, ressalta o MPMG.
Relembre o caso
O desentendimento ocorreu no Viaduto Oeste, no Complexo da Lagoinha. Informações levantadas por O TEMPO com fontes no local dos disparos indicam que o delegado estava em uma viatura descaracterizada quando teria sido fechado pelo caminhão, o que deu início a uma discussão.
Após algum tempo, o policial teria fechado o reboque da vítima e efetuado o disparo, que atingiu o pescoço do homem. Ao perceber que tinha acertado o motorista, o próprio autor do disparo acionou a Polícia Civil e a perícia técnica compareceu ao local, fazendo os levantamentos iniciais na cena do crime.
Quando o veículo da vítima seria removido do local, familiares e amigos do homem baleado protestaram, momento em que um delegado explicou em voz alta que a primeira perícia já tinha sido feita e que uma nova perícia aconteceria em um segundo lugar, não especificado pelo policial.
Foi então que a filha dele pediu para entrar no caminhão apenas para pegar o telefone do homem, que estava em um compartimento embaixo do banco do passageiro, e uma blusa de frio. Nenhuma arma foi encontrada no caminhão, conforme constatado pela reportagem que acompanhou a situação.
Fonte: O Tempo