A Câmara Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo aderiu à campanha “Setembro Amarelo”, de prevenção e combate ao suicídio, com o objetivo de conscientizar a população e ampliar o acesso à informação. Ao longo do mês, a Casa do Legislativo são-gonçalense publicará uma série de postagens em suas redes sociais sobre o tema.
Para o Presidente da Câmara, vereador Diego José Ribeiro (PDT), trata-se de um assunto que necessita da atenção de toda a sociedade. “O Legislativo, como poder que representa o povo, não poderia deixar de falar sobre isso, quando sabemos que mais de 14 mil suicídios acontecem por ano no Brasil, segundo informações do DataSUS. Infelizmente, esse tema é ainda cercado por tabus e preconceitos e, por isso, é importante reforçar a nossa comunicação para debate-lo abertamente com a comunidade, principalmente sobre como ajudar e como procurar ajuda”, afirmou.
Além disso, a Escola do Legislativo Isabel Rodrigues tem trabalhado este ano com o tema “Saúde Mental do Jovem”, do Parlamento Jovem Minas 2022, em que os estudantes do município inscrito no programa apresentam propostas de possíveis projetos de lei acerca do assunto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda maior causa de morte de jovens entre 15 a 29 anos, sendo que 90% deles poderiam ser evitados.
O SETEMBRO AMARELO
Setembro Amarelo é o mês dedicado à prevenção ao suicídio. Iniciada no Brasil em 2014, a campanha é organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), e visa a conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento. No dia 10 desse mês, comemora-se o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, além dos episódios subnotificados, o que faz estimar mais de um milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano – isto é, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Mais especificamente, no Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens, em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil). Mundialmente, a taxa de suicídio está diminuindo, com uma taxa global de 36%. No entanto, na região das Américas, houve um aumento de 17% entre os anos de 2000 e 2019.
Sabe-se também que 96,8% dos casos de suicídio são relacionados a transtornos mentais, sendo a primeira causa a depressão, seguida de transtorno bipolar e abuso de substâncias. Ou seja, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se os portadores dessas doenças tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e a informações de qualidade.
COMO AJUDAR E PROCURAR AJUDA
Buscar informações para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. Assim, é muito importante que as pessoas próximas saibam identificar quando alguém está pensando em se matar. Os sinais de alertas mais frequentes são:
- Sentimento de tristeza;
- Pensamentos e discursos pessimistas;
- Perda de interesse por atividades habituais;
- Relatos de solidão;
- Ansiedade;
- Isolamento e aversão social.
Para ajudar, é preciso ouvir a pessoa com extrema empatia e sem fazer julgamentos, respeitando as suas opiniões e valores, além de demonstrar afeto, preocupação e cuidado. É também imprescindível que o indivíduo seja orientado a procurar ajuda profissional – um psicólogo e/ou um médico psiquiatra – que saberá lidar com a situação e como salvar o paciente.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte emocional de forma gratuita e 24 horas por dia: Ligue para o número 188.