Milhões de profissionais da enfermagem em todo o Brasil e cerca de 250 mil em Minas Gerais foram surpreendidos com a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, concedeu a medida cautelar que suspende os efeitos da Lei 14.434/2022, do piso salarial da enfermagem. O ministro deu 60 dias para que seja apresentado um estudo sobre os impactos financeiros que a criação do piso pode trazer. Imediatamente, a enfermagem de todo o país reagiu e o Coren-MG alerta para o risco de greve. Para discutir a decisão do judiciário brasileiro, que trouxe perplexidade à categoria, que é a base da assistência em saúde, a presidente em exercício do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais, Maria do Socorro Pacheco Pena concederá entrevista coletiva, nesta terça-feira, 6 de setembro, às 15h, na sede do Coren-MG, no centro de Belo Horizonte.
“Não é função do Coren-MG convocar ou incitar greve. Porém, observamos uma enfermagem cansada da desvalorização. Estivemos presentes, inclusive, como precursores nacionais, em todas as lutas pelo piso. Precisamos defender a nossa enfermagem e cobrar soluções urgentes para a implementação imediata do piso, como as fontes de financiamento, por exemplo. Se a enfermagem decidir parar, o caos na saúde estará instaurado”, reforça a presidente.