Secretarias de Serviços Urbanos e de Meio Ambiente esclarecem sobre o tema na Câmara Municipal.
A Prefeitura de João Monlevade participou, na manhã desta terça-feira (27/09), de uma Audiência Pública na Câmara Municipal sobre os serviços de coleta de lixo no município. O secretário municipal de Serviços Urbanos, Marco Antônio Penido Simas e o de Meio Ambiente, Samuel Domingos da Silva, esclareceram diversas questões sobre o tema, assim como os representantes da empresa prestadora de serviços de coleta de lixo doméstico, Liarth, de coleta de entulhos e resíduos de capina e poda, Pontes de Minas e da Associação dos Trabalhadores de Limpeza e Matérias Recicláveis de João Monlevade, Atlimarjom.
A Audiência Pública foi proposta pelo vereador Revetrie Teixeira (MDB), que conduziu os trabalhos e contou com a participação dos vereadores Belmar Diniz (PT), Bruno Cabeção (Avante), Fernando Linhares (União Brasil), Marquinhos Dornelas (PDT) e Pastor Lieberth (União Brasil).
De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, Marco Antônio Penido, o “Marcão”, o maior entrave da coleta de lixo na cidade acontece nas segundas-feiras, já que não há coleta aos domingos e, mesmo assim, muitas pessoas colocam seus lixos na porta nesse dia. “Com isso, há o vandalismo e o problema com cachorros e outros animais, que vasculham os lixos. A falta de conscientização é um dos grandes problemas. Nunca o município teve uma estrutura como agora, com equipamentos apropriados. Em suma, o serviço de coleta em João Monlevade está sendo bem realizado”, afirmou.
O secretário de Meio Ambiente, Samuel Domingos, frisou que é preciso realizar um intenso trabalho de conscientização para que a população descarte seu lixo de forma adequada e ajude a minimizar os problemas da coleta. “Existem muitos vícios naturais na população que tem se mantido e até aumentado. E é o que tem acontecido em alguns pontos críticos, como em áreas de conservação permanente e em córregos, por exemplo. Podemos afirmar que o município tem elaborado e executado muitas ações importantes e positivas nesse sentido. Inclusive, pretendemos aumentar a coleta seletiva em João Monlevade e estendê-la para todos os bairros, esse é um assunto já discutido com o prefeito e um dos nossos objetivos”, destacou.
Para o vereador Revetrie Teixeira, que propôs a audiência, a questão da coleta do lixo é um assunto muito importante, que atinge toda a população e que é preciso discutir ações e sugestões para melhorar o serviço. “Tenho grande respeito e admiração pelo trabalho do Marcão, secretário de Serviços Urbanos, estamos aqui para construir juntos, e não destruir, criticar por criticar, querermos propor soluções para antigos problemas. Um deles é melhorar a fiscalização e multar quem descartar seu lixo em dias e locais inadequados, seja quem for”, afirmou.
Garis e funcionários se pronunciam
Já os representantes das empresas que realizam a prestação de serviços de coleta de lixo doméstico na cidade e os serviços de varrição relataram sobre os principais problemas no dia a dia do serviço. De acordo com eles, inclusive na opinião de coletores (garis) que estavam presentes ao encontro, o grande problema atual é o descarte inadequado de lixo, em locais e horários que dificultam a coleta. Além disso, há locais e ruas de difícil acesso, onde os caminhões não conseguem chegar. “A população tem que ajudar. Há muitos locais em que fica difícil chegar com o caminhão, pois são locais íngremes e estamos com 5, 6 toneladas de lixo. Um exemplo são alguns pontos do bairro ABM. O veículo não sobe, é muito alto. Outra questão é que a população tem que se conscientizar e não colocar o lixo fora dos dias da coleta ou logo depois que o caminhão passa. Daí vem cachorros, gatos, cavalos e até mesmo pessoas que mexem no lixo procurando recicláveis e o espalham”, enfatizou um dos garis presentes.
A coordenadora da Atlimarjom, Valdete Roza, endossou a fala dos garis e lembrou que um dos problemas são alguns catadores de recicláveis particulares, não cadastrados na associação, que chegam na frente, escolhem o tipo de reciclável que preferem e deixam o restante do material espalhado. Todos têm direito a trabalhar, mas respeitando o próximo”, salientou.